NATO e Espanha acordaram reforçar base militar de Rota

O Partido Comunista de Espanha (PCE) rejeita frontalmente o acordo de aumento, de quatro para seis, do número de contratorpedeiros norte-americanos colocados em permanência na Base de Rota, em Cádis, no sudeste de Espanha, no quadro da NATO.

«Uma decisão desnecessária e inadequada que evidencia a falta de posição autónoma de Espanha no que diz respeito à política externa dos EUA e que afasta o nosso país do caminho da paz, contribuindo para as posições mais belicistas no seio da União Europeia», considera o PCE. E sublinha que tal decisão coloca a Espanha «no mapa da confrontação e não no da mediação» para a resolução pacífica de conflitos.

O pacto entre os governos norte-americano e espanhol é contrário à posição do PCE de evitar políticas de escalada da militarização e contradiz a sua posição sobre a NATO ou qualquer outra aliança militar, que os comunistas espanhóis entendem ser uma ameaça directa à segurança internacional.

O PCE considera também negativo que no mesmo âmbito de negociações tenha sido acordado aumentar em 600 efectivos a presença militar norte-americana na base aeronaval de Rota, em Cádis, na região da Andaluzia. E defende «a saída total de tropas estrangeiras das bases militares situadas em Espanha».

Em nota de 18 de Maio, o PCE reitera o «compromisso com uma nova ordem internacional multipolar e multilateral, assente na convivência pacífica dos povos, com relações construídas sobre benefícios mútuos e cooperação, e não na confrontação». Clarifica que esta posição é contrária à participação numa aliança militar como a NATO e, muito especialmente, «a um maior destacamento de tropas e armamento no nosso território». E reafirma: «Continuamos a defender a política de desarmamento como uma garantia para a paz. Uma opção que deveria ser adoptada pelo conjunto da comunidade internacional e que é contrária à atitude belicista que os EUA mantêm e estendem aos seus aliados».

 



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