Na sua pas­sagem pelo ar­qui­pé­lago, os eleitos co­mu­nistas efec­tu­aram de­zenas de ac­ções de con­tacto com tra­ba­lha­dores, agri­cul­tores, pes­ca­dores e po­pu­la­ções, e re­a­li­zaram de­bates, reu­niões de tra­balho e tri­bunas pú­blicas.

A pri­meira ini­ci­a­tiva teve lugar no dia 23 às 5h00, junto às ins­ta­la­ções da em­presa de trans­porte ro­do­viário «Ho­rá­rios do Fun­chal». Ao longo das jor­nadas, os de­pu­tados do PCP con­tac­taram também com tra­ba­lha­dores da cons­trução civil, da Ad­mi­nis­tração pú­blica, da Câ­mara Mu­ni­cipal do Fun­chal e do Ser­viço Re­gi­onal de Saúde, do centro de con­tacto da PT e do sector da ho­te­laria: os baixos sa­lá­rios, os ho­rá­rios des­re­gu­lados, a pre­ca­ri­e­dade e o au­mento do custo de vida foram as prin­ci­pais pre­o­cu­pa­ções co­lo­cadas pelos tra­ba­lha­dores.

Nas vá­rias ini­ci­a­tivas em que par­ti­ci­param, João Pi­menta Lopes e Sandra Pe­reira pu­deram cons­tatar os custos acres­cidos da in­su­la­ri­dade, agra­vados pelo acen­tuar de mo­no­pó­lios e da con­cen­tração da ri­queza, que di­fi­cultam cada vez mais a ac­ti­vi­dade das pe­quenas em­presas e co­mer­ci­antes. Foram também ao en­contro dos utentes dos ser­viços de Saúde, ou­vindo as di­fi­cul­dades que re­sultam da falta de mé­dicos de fa­mília, dos atrasos de con­sultas e ci­rur­gias, da au­sência de es­pe­ci­a­li­dades.

No con­tacto com os pe­quenos pro­du­tores agrí­colas, da ba­nana e da cana, re­gis­taram a ele­vada pe­no­si­dade da ac­ti­vi­dade, que con­trasta com os baixos preços pagos à pro­dução, fac­tores que levam muitos a pon­derar o aban­dono da ac­ti­vi­dade. Já no sector da pesca, ve­ri­fi­caram as ne­ces­si­dades de va­lo­ri­zação do pes­cado, das quotas re­du­zidas, da mo­der­ni­zação da frota. Es­cu­taram ainda o ver­da­deiro drama dos que têm a «corda ao pes­coço» com o au­mento das pres­ta­ções do cré­dito à ha­bi­tação ou que se con­frontam com a ele­vada es­pe­cu­lação das rendas.

O PCP e a CDU têm uma longa e in­tensa in­ter­venção sobre todos estes pro­blemas – no Par­la­mento Eu­ropeu, na As­sem­bleia da Re­pú­blica, na As­sem­bleia Le­gis­la­tiva Re­gi­onal da Ma­deira e nas au­tar­quias –, afir­mando que há so­lu­ções para todos eles: o au­mento de sa­lá­rios, re­formas e pen­sões; o com­bate à pre­ca­ri­e­dade; a re­gu­lação, fi­xação e re­dução de preços; a va­lo­ri­zação da pro­dução na­ci­onal; o apoio dos micro, pe­quenos e mé­dios pro­du­tores e em­pre­sá­rios. Pos­si­bi­li­tando, assim, uma vida me­lhor a quem re­side e tra­balha na Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira.