A Justiça está cada vez mais distante dos trabalhadores e das populações, denunciou no dia 25 Paulo Raimundo, à saída de um encontro com a Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP). Em declarações aos jornalistas, o Secretário-geral do PCP defendeu a urgência de quebrar as barreiras económicas existentes no acesso à Justiça e o reforço da investigação criminal com os meios humanos e técnicos necessários à prossecução da sua actividade, nomeadamente o combate à corrupção e ao crime económico e financeiro. Realçou ainda a urgência de valorizar as carreiras dos profissionais do sector.

O encontro foi solicitado pela ASJP, que está a ouvir os partidos políticos sobre a situação na Justiça e as medidas necessárias para resolver os problemas do sector. A este propósito, o dirigente comunista salientou a sintonia existente entre o Partido e a associação na «radiografia sobre a situação da Justiça».

Da delegação do Partido, dirigida pelo Secretário-geral Paulo Raimundo, faziam ainda parte João Oliveira, da Comissão Política, e José Neto. A delegação da ASJP era composta pelo presidente Manuel Ramos Soares, a secretária-geral Carla Oliveira e Nuno Coelho, coordenador da «Agenda da reforma da Justiça», que ali foi apresentada.