Re­a­li­zaram-se no do­mingo pas­sado as elei­ções para a AR. Os re­sul­tados foram apu­rados e são co­nhe­cidos. Pe­rante o quadro po­lí­tico em que as elei­ções e os seus re­sul­tados se in­serem, um jornal diário in­ter­ro­gava-se há dias: «e agora, Por­tugal?»

No que diz res­peito à CDU, a res­posta à questão é fácil de dar. Não se cum­priu o pro­pó­sito do grande ca­pital de afastar a CDU da AR – e, con­ve­nhamos, não se poupou a es­forços na vã ten­ta­tiva de o con­se­guir. A CDU travou a ba­talha elei­toral com uma no­tável cam­panha de massas, de es­cla­re­ci­mento, de con­tacto di­recto e mo­bi­li­zação para o voto, en­vol­vendo nela mi­lhares de ho­mens e de mu­lheres, can­di­datos e ac­ti­vistas que, numa co­lossal des­pro­porção de meios, re­sistiu a uma gi­gan­tesca ope­ração de de­sin­for­mação, de­tur­pação, ma­ni­pu­lação e men­tira.

Para frus­tração dos que va­ti­ci­naram e tudo fi­zeram para tornar inex­pres­siva a CDU, a co­li­gação PCP-PEV vai con­ti­nuar a in­tervir, a tomar a ini­ci­a­tiva e a res­ponder aos pro­blemas, numa si­tu­ação ainda mais exi­gente; vai es­ti­mular a luta de massas para de­fender di­reitos e avançar; vai in­ten­si­ficar a acção contra a po­lí­tica de di­reita, pela rup­tura e a al­ter­na­tiva com so­lu­ções para os pro­blemas; vai cum­prir os com­pro­missos que as­sumiu e con­ti­nuar a ser a força em quem os tra­ba­lha­dores e o povo podem con­fiar; vai dar com­bate aos pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios, de­fender a li­ber­dade e a de­mo­cracia, abrir ca­minho à po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, que faz falta a Por­tugal.

Numa re­lação de forças no plano ins­ti­tu­ci­onal ainda mais fa­vo­rável ao grande ca­pital e ao apro­fun­da­mento da ex­plo­ração, o PCP lá es­tará, na linha da frente, com os tra­ba­lha­dores e o povo, os de­mo­cratas e pa­tri­otas, a re­sistir à po­lí­tica de di­reita que PS, PSD, CDS, chega e IL, in­de­pen­den­te­mente das suas di­fe­renças, têm vindo a sus­tentar.

Então, e agora?… Não vale a pena tapar o sol com a pe­neira:uns,tudo vão fazer para con­ti­nuar a servir os in­te­resses do ca­pital mo­no­po­lista. Ou­tros, neste caso con­creto o PCP, lá es­tará como sempre es­teve, para lhes dar luta sem tré­guas, de­fender di­reitos, abrir ca­minho a uma po­lí­tica al­ter­na­tiva ins­pi­rada nos va­lores de Abril, com so­lu­ções para os pro­blemas. Com a co­ragem de sempre, a en­frentar, cons­truir, avançar.

Então e agora?… a vida vai de novo mos­trar que o PCP tem so­lu­ções e es­tará com os tra­ba­lha­dores e o povo na linha da frente da luta por uma vida me­lhor.

Então e agora?… O PCP tem 103 anos de luta e já provou que é con­fiável.