Acessibilidades no distrito de Beja continuam a «marcar passo»

A In­fra­es­tru­turas de Por­tugal (IP) anun­ciou re­cen­te­mente a ad­ju­di­cação da em­prei­tada de cons­trução da be­ne­fi­ci­ação do IP8 entre Fer­reira do Alen­tejo e Beja, que in­clui uma va­ri­ante em Be­ringel. Para o PCP, mesmo sem res­ponder ao perfil de es­trada que se re­clama (um IP8 com quatro vias em toda a sua ex­tensão, con­forme pre­visto no Plano Ro­do­viário Na­ci­onal), este anúncio é «in­se­pa­rável da luta das po­pu­la­ções, das au­tar­quias e de ou­tras en­ti­dades da re­gião».

Num co­mu­ni­cado de dia 21, o Exe­cu­tivo da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Beja do PCP ga­rante que esta obra de­monstra que, por um lado, «vale sempre a pena lutar» e, por outro, que «a luta con­tinua a ser o ca­minho até que sejam con­cre­ti­zadas todas as obras que a re­gião re­clama e que ne­ces­sita para se de­sen­volver e as­se­gurar a me­lhoria da qua­li­dade de vida das po­pu­la­ções».

Con­cor­dando com a con­ser­vação das es­tradas, e como tal re­cla­mando-a em toda a rede viária da re­gião, o PCP as­sume que é pre­ciso mais do que isso e in­siste na cons­trução do IP8 entre Sines e Vila Verde de Fi­calho, com perfil de au­to­es­trada (quatro vias, mas sem por­tagem) e li­gação ao Ae­ro­porto, na con­clusão da qua­li­fi­cação de todo o IP2 em toda a sua ex­tensão, na be­ne­fi­ci­ação geral das es­tradas numa pers­pec­tiva de malha. O Par­tido exige ainda do Go­verno fi­nan­ci­a­mentos para a qua­li­fi­cação de es­tradas e ca­mi­nhos mu­ni­ci­pais.

Se o PCP, re­a­firma-se no co­mu­ni­cado, con­tinua firme «na sua luta pela me­lhoria das aces­si­bi­li­dades no dis­trito», anos e anos de go­ver­nação do PS, PSD e CDS (apoi­ados no es­sen­cial por IL e Chega) dei­xaram no papel o es­sen­cial das pro­messas para a re­gião. «São anún­cios atrás de anún­cios, qual mi­lagre de mul­ti­pli­cação dos euros, mas sem que os in­ves­ti­mentos se con­cre­tizem».

Mas há outra hi­pó­tese, ad­mite o PCP: é pos­sível estar-se sim­ples­mente pe­rante «in­ter­ven­ções de ma­qui­lhagem que não cor­res­pondem ao que a re­gião ne­ces­sita». Certo é, acres­centa, que as op­ções to­madas estão em linha com os in­te­resses eco­nó­micos do­mi­nantes. Assim se ex­plica que o dis­trito con­tinue a «marcar passo em termos de aces­si­bi­li­dades, seja na ro­dovia ou na fer­rovia», e o Ae­ro­porto de Beja pros­siga sem o de­vido apro­vei­ta­mento.

 



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