Fracassaram conversações para cessar-fogo no Sudão

Foi anun­ciado o fa­lhanço das ne­go­ci­a­ções que de­cor­riam em Ge­nebra para al­cançar um cessar-fogo no Sudão. A paz con­tinua longe neste de­vas­tado país afri­cano.

As con­ver­sa­ções, que se re­a­li­zaram na se­mana pas­sada, ter­mi­naram sem êxito, so­bre­tudo porque o Exér­cito su­danês, uma das partes en­vol­vidas no con­flito, não par­ti­cipou no en­contro.

Às reu­niões na ci­dade suíça as­sis­tiram re­pre­sen­tantes das Na­ções Unidas, da União Afri­cana, da Au­to­ri­dade In­ter­go­ver­na­mental para o De­sen­vol­vi­mento (IGAD) – uma or­ga­ni­zação in­ter­go­ver­na­mental de países da África Ori­ental –, dos Es­tados Unidos da Amé­rica, da Arábia Sau­dita, dos Emi­ratos Árabes Unidos, do Egipto e de uma das partes en­vol­vidas na guerra, as Forças de Apoio Rá­pido (RFS, na sigla em in­glês).

O Exér­cito su­danês exigiu, para par­ti­cipar, ser re­co­nhe­cido como go­verno le­gí­timo do país, ale­gando que go­ver­nava antes do co­meço da guerra – de­pois de ex­pulsar pela força todas as or­ga­ni­za­ções civis do pro­cesso de tran­sição para a de­mo­cracia aberto após o der­rube do pre­si­dente Omar al-Bashir, em 2019.

Desde me­ados de Abril de 2023 que o Sudão se afunda numa guerra in­terna, cau­sada pelo agra­va­mento das con­tra­di­ções entre o co­man­dante do Exér­cito, Abdel Fatah al-Burhan, e o chefe das RSF, Mohamed Hamdan Daglo, ex-ali­ados e lí­deres mi­li­tares dos golpes de Es­tado de 2019 e 2021, con­tando ambas as fac­ções com apoios ex­ternos.

Es­tima-se que esta guerra já tenha pro­vo­cado mi­lhares de mortos e mais de 10 mi­lhões de des­lo­cados no Sudão e re­fu­gi­ados nos países vi­zi­nhos.

 



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