China rejeita política belicista dos EUA

Pe­quim re­jeita as san­ções norte-ame­ri­canas im­postas a em­presas chi­nesas por man­terem re­la­ções co­mer­ciais com em­presas russas. Noutro plano, a China acusou os EUA de uti­li­za­rem­pre­textos para tentar jus­ti­ficar o re­forço do seu ar­senal nu­clear.

Me­didas vi­sando em­presas chi­nesas são exemplo de san­ções ile­gais e uni­la­te­rais im­postas à margem das Na­ções Unidas

A China pro­testou contra a in­clusão de em­presas chi­nesas na lista de en­ti­dades pe­na­li­zadas pelos EUA por man­terem re­la­ções co­mer­ciais com a Rússia, con­si­de­rando que tais ac­ções norte-ame­ri­canas são um exemplo de im­po­sição de san­ções ile­gais e uni­la­te­rais à margem do di­reito in­ter­na­ci­onal.

Se­gundo um porta-voz do Mi­nis­tério do Co­mércio chinês, estas me­didas «minam as re­la­ções eco­nó­micas e co­mer­ciais nor­mais entre países e afectam a se­gu­rança e es­ta­bi­li­dade das ca­deias de abas­te­ci­mento glo­bais».

Pe­quim ma­ni­festou «forte des­con­ten­ta­mento» e «firme opo­sição» à in­clusão de em­presas chi­nesas na lista e instou Washington a cessar de ime­diato esse pro­ce­di­mento.

En­tre­tanto, foi di­vul­gado que o as­sessor de Se­gu­rança Na­ci­onal dos EUA, Jake Sul­livan, vi­sita Pe­quim esta se­mana e será re­ce­bido pelo mi­nistro dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros chinês, Wang Yi.

Um dos temas da vi­sita será a re­jeição por parte da China das me­didas uni­la­te­rais norte-ame­ri­canas, que visam «a po­li­ti­zação dos as­suntos eco­nó­micos e co­mer­ciais». O go­verno chinês re­jeitou em di­versas oca­siões a prá­tica de po­lí­ticas de in­ge­rência adop­tadas pelos EUA contra ou­tros países.

EUA ex­pandem ar­senal nu­clear
O go­verno chinês acusou os EUA de uti­lizar a re­tó­rica contra a China para eludir as suas res­pon­sa­bi­li­dades no in­cre­mento e ex­pansão do ar­senal nu­clear norte-ame­ri­cano e pro­curar uma van­tagem es­tra­té­gica.

De acordo com a porta-voz do Mi­nis­tério dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros chinês, Pe­quim segue uma po­lí­tica de não uti­li­zação de armas nu­cle­ares em pri­meiro lugar e mantém uma es­tra­tégia nu­clear de­fen­siva, com as suas forças nu­cle­ares li­mi­tadas ao mí­nimo ne­ces­sário para ga­rantir a sua se­gu­rança na­ci­onal.

A res­pon­sável chi­nesa cri­ticou os EUA por pos­suir o maior e mais avan­çado ar­senal nu­clear do mundo, assim como por manter uma po­lí­tica de dis­su­asão ba­seada no uso dessas armas num pri­meiro ataque. Re­alçou que Washington in­vestiu grandes verbas na mo­der­ni­zação das suas armas nu­cle­ares e de­se­nhou es­tra­té­gias nu­cle­ares di­ri­gidas contra ou­tros países, con­si­de­rando que «os EUA são o maior ge­rador de riscos es­tra­té­gicos nu­cle­ares a nível global».

 



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