Outra política é precisa, apontam direcções regionais do PCP
A Direcção da Organização Regional (DOR) de Setúbal do PCP reuniu, no dia 1, para a análise da situação política. Em comunicado, a DOR aponta a política de direita (promovida por PS, PSD, CDS, CH e IL) como a principal promotora dos problemas na Península de Setúbal, que resulta no «agravamento das condições de vida da generalidade dos que cá vivem e trabalham, como demonstra o facto de mais de 58 por cento dos trabalhadores auferirem menos de 1000 euros de salário». Este caminho, sublinha, ocorre enquanto enriquecem os mesmos de sempre (bancos e empresas como a Navigator, Lisnave ou Autoeuropa).
A DOR avalia, ainda, como elementos negativos os 25 000 alunos com falta de professor a, pelo menos, uma disciplina; o encerramento de serviços de urgência e maternidade; a especulação nos preços das casas; ou a não inclusão no passe social da ligação fluvial Setúbal-Tróia.
Para dar resposta a estes problemas, destaca a DOR, é necessária a intensificação da luta, como foi o caso da manifestação pelo direito à habitação em Almada, e das lutas dos trabalhadores da indústria, da administração local e da saúde.
O organismo discutiu, ainda, a Festa do Avante!, a preparação do XXII Congresso e a acção «Aumentar salários e pensões, para uma vida melhor».
Outra política no Ribatejo
Também o Executivo da DOR de Santarém emitiu um comunicado, no dia 27 de Setembro, onde «alerta para as consequências desastrosas do prosseguimento da política de direita no distrito»: baixos salários e a recusa do seu aumento; ameaça de novos despedimentos colectivos (como na Tupperware e na Temahome); degradação dos serviços públicos (como na saúde ou no serviço postal); ou as dificuldades no acesso à habitação.
O executivo aponta, ainda, prioridades para uma outra política, nomeadamente: o aumento geral dos salários e pensões; a criação de uma rede pública de creches gratuitas; a defesa do SNS e dos seus trabalhadores; a valorização da profissão docente; pôr fim à especulação em torno das rendas e dos custos da habitação própria; e a resolução de processos de legalização de imigrantes.