Mikhail Kavelashvili assumiu no domingo, 29, o cargo de presidente da Geórgia, tendo sido investido numa cerimónia que decorreu no parlamento, em Tiblisi, a capital do país.

Ao acto assistiram deputados, os presidentes dos tribunais Constitucional e Supremo, representantes de confissões religiosas e outros convidados.

A 14 de Dezembro, realizaram-se no parlamento eleições presidenciais, tendo sido a primeira escolha indirecta do chefe do Estado, nos termos da Constituição. A votação teve lugar num colégio eleitoral formado por deputados nacionais e eleitos municipais.

Kavelashvili, proposto pelo partido governante, de direita, designado Sonho Georgiano-Geórgia Democrática, foi o único candidato e obteve 224 dos 300 votos, convertendo-se no sexto presidente daquele país do Cáucaso.

A presidente cessante, Salome Zuabishvili, da oposição, que ameaçara permanecer na residência presidencial, retirou-se do palácio antes da cerimónia, juntando-se a um grupo de manifestantes que contestavam a vitória do Sonho Georgiano nas eleições parlamentares de 26 de Outubro. Antiga diplomata francesa (antes de se tornar ministra, primeiro, e presidente, depois), Zuabishvili assume-se na prática como a porta-voz dos interesses das potências imperialistas na Geórgia, procurando colocar o país em rota de colisão com a Rússia.