Manifestaram que o Canal do Panamá é uma importante rota comercial protegida pelo direito internacional, o Tratado Torrijos-Carter e o Tratado Relativo à Neutralidade Permanente e ao Funcionamento do Canal do Panamá que, com carácter inamovível, estabelecem que a via marítima é parte inalienável do território panamiano, pelo que a pretensão de Trump representa uma agressão à soberania daquele país.

A Aliança rejeita rotundamente esta nova ameaça para a região da América Latina e das Caraíbas e apoia a República do Panamá na defesa da sua soberania, integridade territorial e livre determinação. Os países integrantes da Aliança Bolivariana apoiam a unidade como única via para fazer frente à voracidade dos impérios e confirmam a sua solidariedade com o governo do Panamá.

O Canal do Panamá, construído pelos EUA, foi inaugurado em 1914 e retornou à soberania do país centro-americano após o Tratado Torrijos-Carter, assinado em 1977 pelos presidentes James Carter, dos EUA, e Omar Torrijos, do Panamá. Esse convénio marcou o começo do processo de transferência do controlo territorial da Zona do Canal do Panamá para esse país, período que terminou a 31 de Dezembro de 1999. A ameaça dos EUA será para levar a sério, pois já em 1989 o Panamá foi invadido por tropas norte-americanas.