Greve na Higiene Urbana de Lisboa

«Por melhores condições de vida, mas também por um serviço público de qualidade», os trabalhadores da Higiene Urbana do Município de Lisboa fizeram greve, nos dias 26 e 27 de Dezembro. Num comunicado conjunto, o STML e o STAL consideraram «muito positiva» a adesão, que no global estimaram em cerca de 60 por cento, envolvendo os períodos de manhã, tarde e noite e os cantoneiros e condutores.

Em 2025, «caberá à Câmara Municipal de Lisboa garantir as respostas que até hoje não foram dadas». Por um lado, deve cumprir o acordo firmado em 2023 (resolução de problemas em locais de trabalho, entre outros). Tem também de responder ao memorando reivindicativo, que foi entregue em Maio, e reverter «decisões que ofendem os trabalhadores numa base diária».

Uma delegação do PCP, da qual fez parte Ana Jara, vereadora do Partido na CML, levou solidariedade ao piquete de greve, no pólo dos Olivais dos serviços de Higiene Urbana, na madrugada de dia 26, destacando as reivindicações de melhores condições de trabalho, admissão de pessoal e investimento em mais meios, actualização do subsídio de insalubridade e penosidade, contestação da privatização de áreas de intervenção.

A luta incluiu ainda greve ao trabalho suplementar, incluindo o período entre as 22 horas de 1 de Janeiro e as 6 horas de hoje, dia 2.



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