Produção parou na Navigator

Por aumentos salariais justos em 2025, pelo fim das imposições da administração e pela reposição dos direitos retirados, os trabalhadores da Navigator Pulp e The Navigator Company, no complexo de Cacia (Aveiro), fizeram greve de 26 a 28 de Dezembro. A elevada adesão, desde o início, levou à paragem das duas unidades.

O SITE Centro-Norte, que convocou a luta, afirmou que os trabalhadores sentem que a administração não os valoriza, apesar dos resultados muito positivos da empresa. Deu como exemplo a distribuição de 100 milhões de euros pelos accionistas, em dividendos, comprovando que não é por incapacidade financeira que não são valorizados os salários dos trabalhadores, mas unicamente por opção da administração.

Nos três dias, a adesão rondou os 85 por cento, como indicou à agência Lusa um dirigente do sindicato. Paulo Ferreira precisou que a produção da pasta de papel permaneceu parada, durante a greve, enquanto a produção de energia foi mantida em níveis mínimos, para manutenção dos equipamentos. Admitiu, para os próximos tempos, «todas as formas de luta que se mostrem necessárias», caso a administração não dê nenhuma resposta nem melhore a sua proposta.

 



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