Abriu a exposição «Liberdade» no Avenidas – teatro vizinho
Na quinta-feira da semana passada, dia 3, ao final da tarde, foi inaugurada a exposição «Liberdade», no Avenidas - Um Teatro em Cada Bairro, com 31 gravuras e serigrafias da colecção de pintura do PCP, cuja sede nacional se situa a algumas dezenas de metros, na Rua Soeiro Pereira Gomes, desde 1979. A mostra insere-se nas comemorações dos 51 anos do 25 de Abril e pode ser visitada até ao final deste mês.
Com curadoria de Manuel Augusto Araújo, a exposição inclui renomados autores portugueses, como João Abel Manta, João Hogan, Nikias Skapinakis, Paula Rego e Querubim Lapa. Foram ainda seleccionados quatro dos «Desenhos da Prisão», de Álvaro Cunhal.
A directora municipal de Cultura, Laurentina Pereira, primeira a usar da palavra na inauguração, lembrou que esta não é a primeira iniciativa realizada com o PCP, «que é aqui um vizinho do lado», e enalteceu o valor da exposição, celebrando a liberdade e o 25 de Abril.
Manuel Rodrigues, da Comissão Política do Comité Central do PCP e director do Avante!, começou por destacar o papel dos trabalhadores do teatro e o seu empenho na realização desta exposição, em torno da liberdade, tão cara aos comunistas, como «ideia, valor e direito». Lembrou reflexões de Álvaro Cunhal sobre arte e liberdade e sobre a acção dos comunistas. «Honra-nos poder colaborar nesta iniciativa», que permite «expor obras que normalmente não saem das paredes da nossa sede, sem prejuízo de a sua maior obra ser o mural da entrada», «em que colaboraram muitos dos artistas presentes nesta exposição».
«Sem a liberdade, a arte seria irremediavelmente empobrecida», «mas sem a arte, a verdadeira liberdade nem seria possível», assinalou o dirigente comunista, saudando «todos aqueles que, ao nosso lado, independentemente de diferenças que haja e que respeitamos, queiram trilhar connosco este caminho – afinal, o caminho dos valores de Abril».
Tomou a palavra o arquitecto Manuel Augusto Araújo, como curador da exposição, abordando a história da pintura e a importância da gravura no nosso País, bem como os motivos que o levaram a escolher estas obras.
João Tito Basto, do Centro Periférico Cultura Urbana Alta Lx – que, no passo seguinte e na sala ao lado, orientou os visitantes para experimentarem a impressão de uma serigrafia e ficarem a conhecer este processo – destacou a «incrível qualidade» das obras, «todas absolutamente magníficas», e da curadoria da exposição. Em breves palavras, apresentou o «espaço comunitário de artes», assinalando que o «Centro Periférico» está aberto «a quem quiser ir fazer serigrafia ou gravura».
Na abertura compareceram dezenas de pessoas, entre as quais João Ferreira, da Comissão Política do CC do PCP e vereador na CM de Lisboa, outros dirigentes do Partido e camaradas da organização da Freguesia de Avenidas Novas, o presidente da Junta, Daniel Gonçalves, diversos responsáveis da área da Cultura do Município.