Proposta suspensão do acordo UE-Israel
Vários deputados no Parlamento Europeu, de diversos grupos políticos, instaram a União Europeia a suspender o acordo de associação com Israel. A iniciativa partiu do deputado do Partido Comunista Português, João Oliveira.
Deputados no Parlamento Europeu defendem suspensão do Acordo de Associação União Europeia-Israel
Por iniciativa do deputado do PCP no Parlamento Europeu, João Oliveira, vários deputados de diversos grupos políticos do Parlamento Europeu apresentaram uma proposta de resolução que pede a suspensão do Acordo de Associação União Europeia-Israel.
A proposta, divulgada no dia 14, salienta que é urgente que a União Europeia tome medidas que visem pôr termo à política de Israel de ocupação e agressão contra o povo palestiniano. Tal política, consideram os deputados subscritores, «tem a sua mais violenta expressão na política genocida que Israel prossegue com os ataques contra a população palestiniana na Faixa de Gaza, que já causaram para cima de 60 mil mortos e 110 mil feridos, a que acresce o desumano bloqueio imposto e as suas graves consequências».
A iniciativa visa pressionar a União Europeia e suas instituições para que «ponham fim à cumplicidade com a criminosa política de Israel e à profunda hipocrisia que reflectem as relações com aquele país que há décadas desrespeita abertamente resoluções das Nações Unidas e os princípios do direito internacional, afronta os direitos humanos e os direitos nacionais do povo palestiniano, nomeadamente a criação do Estado da Palestina».
Assim, mais do que retórica hipócrita e estéril por parte dos responsáveis da União Europeia, a resolução insta a que Bruxelas suspenda o Acordo de Associação UE-Israel, cumprindo os termos do seu artigo 2.º, assim como aos Estados-Membros e às instituições da União Europeia a envidarem «efectivas e urgentes medidas no sentido do estabelecimento de um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza, da garantia do acesso urgente da população palestiniana à ajuda humanitária, do reconhecimento e da criação do Estado da Palestina soberano e independente, com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Oriental, e a efectivação do direito ao retorno dos refugiados, conforme as resoluções pertinentes da ONU».