Rússia disposta a negociar com Ucrânia sem condições prévias

Enquanto a guerra prossegue, multiplicam-se as declarações de dirigentes da Rússia, da Ucrânia, dos EUA e das potências europeia da NATO e da UE sobre o conflito que se trava na Ucrânia há mais de 11 anos, desde o golpe de Estado de 2014, que impôs um poder xenófobo e belicista.

A Rússia garante estar disposta a chegar a um acordo

O presidente da Rússia, Vladímir Putin, confirmou numa reunião com o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, a disponibilidade da parte russa para negociar com a Ucrânia sem condições prévias, declarou o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

No dia 25, Putin e Witkoff mantiveram conversações no Kremlin.

A reunião durou três horas e foi construtiva e útil, segundo destacou a parte russa, acrescentando que o diálogo entre a Rússia e os EUA continuará.

Este foi o segundo encontro entre Putin e Witkoff nas últimas duas semanas e o quarto desde princípios deste ano.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse no domingo, 27, que um acordo está «mais próximo do que em qualquer outro momento nos últimos três anos, mas ainda não foi alcançado». Em relação ao estado das negociações, Rubio disse que «tem motivos para ser optimista e também para se preocupar».

O presidente Donald Trump esteve em Roma, no sábado, 26, nas cerimónias fúnebres do papa Francisco, e manteve uma conversa de quinze minutos com o seu homólogo ucraniano, Vladimir Zelensky. Na mesma ocasião, Zelensky avistou-se separadamente com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e com o presidente francês, Emmanuel Macron.

Diálogo EUA-Rússia


O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguéi Lavrov, e o seu homólogo norte-americano, Marco Rubio, conversaram por telefone, no dia 27, prosseguindo a troca de pontos de vista no quadro do diálogo entre os dois países, «que se intensificou significativamente» nos últimos tempos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo informou que «a atenção principal incidiu no tema da crise ucraniana». Na conversa foi acordado continuar os contactos em todos os níveis.

Recentemente, Lavrov assegurou que o governo encabeçado pelo presidente Putin é favorável a alcançar um entendimento na questão ucraniana, mas ainda há aspectos por resolver. «O presidente dos EUA acredita, e creio que com razão, que estamos a avançar na direcção correcta. Uma sua declaração menciona um acordo e estamos dispostos a chegar a um acordo. Mas alguns pontos e elementos específicos desse acordo necessitam ainda de ser aperfeiçoados e estamos a trabalhar nesse processo», afirmou há dias Lavrov.

 



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