CDU é a verdadeira força antifascista que combate a direita
Dia 10, no Porto, uma enorme coluna de apoiantes e activistas da CDU desfilou da Rua do Heroísmo (onde esteve instalada a PIDE) até à estação de Campanhã. O combate à direita e à extrema-direita foi elemento central durante toda a iniciativa, na qual participou Paulo Raimundo.
É na CDU que está a coragem para enfrentar a direita, tenha ela a forma que tiver
«Queremos paz, pão e o direito à habitação» e «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais», foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas durante o desfile, guiado pelo grupo de bombos da Associação Desportiva Águias de São Mamede de Infesta.
«A CDU faz falta, está a crescer e vai crescer», começou por afirmar Paulo Raimundo já em Campanhã. «Dar mais força à CDU», explicou, «é uma necessidade do povo nestes tempos incertos» para defender a «democracia e liberdade». «Também é isso que está em causa nestas eleições», salientou. No mesmo sentido, já antes João Ferreira, segundo pela lista do Porto, tinha sublinhado a importância de ensinar às mais novas gerações portuenses que a liberdade «não caiu do céu, foi conquistada».
Por sua vez, Alfredo Maia, cabeça-de-lista pelo distrito, recordou que é o resultado da CDU nas próximas eleições que «vai decidir a resolução dos problemas dos trabalhadores e do povo».
Já Mariana Silva, do PEV, afirmou ser o momento de «pedir contas àqueles que agora pedem o voto útil», mas que «não deram nenhuma utilidade aos votos que receberam, quando permitiram que o Governo da AD entrasse em funções ou quando lhes aprovaram o Orçamento do Estado».
165 ex-presos políticos apoiam a CDU
No sábado, o desfile que partiu da antiga sede da PIDE, na Rua do Heroísmo, não foi de todo, como afirmou Paulo Raimundo, uma questão simbólica. Antes pelo contrário, foi um «compromisso com a história, a memória e com a resistência de todos aqueles que deram tudo pela liberdade e democracia».
Prova maior disso foi a entrega, das mãos de Maria José Ribeiro, do apoio à CDU de 165 ex-presos políticos. «Para nós é uma honra, motivo de orgulho, mas também uma grande responsabilidade que carregamos com muita vontade e alegria», salientou o Secretário-Geral.
«Aqui na CDU», continuou, «estão os que pagaram o mais elevado preço da luta pela liberdade», mas estão também os «mais consequentes defensores dessa liberdade que tanto custou a conquistar». É por isso que, para Paulo Raimundo, dar mais força à CDU significa dar força à «longa experiência no combate ao fascismo e às suas diferentes concepções, à extrema-direita e direita, venha ela de onde vier, tenha ela a cor e a força que tiver».
«Sabemos bem quem financia estas forças reaccionárias e fascistas. Sabemos bem como actuam e a quem servem. Sabemos como se alimentam das justas angústias do povo, das dificuldades da vida, das incertezas, da precariedade e daqueles que estão fartos de promessas e nada vêem na sua vida», acusou. Na CDU, sabe-se qual o papel que o sistema atribui a essas forças: «o de dividir e procurar que olhemos sempre para o lado ou para baixo à procura do responsável pela nossa vida difícil», mas a verdade, como afirmou Paulo Raimundo, é que o responsável está «em cima», são aqueles que «concentram a riqueza nas suas mãos enquanto o povo é apertado». Mas sobre esses verdadeiros responsáveis, das forças reaccionárias, «nem um pio se ouve».
Museu da Resistência no Porto
Ao longo do desfile e no momento político que o sucedeu, a CDU voltou a dar expressão concreta à exigência da construção de um Museu da Resistência Antifascista no Porto, na antiga sede da PIDE da Rua do Heroísmo – onde está hoje está instalado o Museu Militar.