Ao apoiar e promover esta arte, a CDU contribuiu, com a sua acção, para a sustentabilidade económica da região, gerando empregos e fontes de rendimento para muitas famílias do concelho, ajudando a combater a desertificação e a criar oportunidades de emprego local. Simultaneamente, garantiu que as novas gerações continuassem a aprender as técnicas tradicionais do bordado, apoiando programas de formação e projectos educativos.

Mas não se ficou por aqui. Levou-se o tapete fora das fronteiras do concelho, em feiras, exposições e eventos culturais, tanto a nível nacional como internacional. Um dos grandes eventos para a preservação, promoção e valorização é o «Tapete na Rua», que este ano se realizou de 6 a 10 de Junho.

«Olhamos para o Tapete com uma perspectiva de futuro, tomando medidas de salvaguarda deste património, desde logo envolvendo artistas para darem novas perspectivas do Ponto de Arraiolos», ilustrou Sílvia Pinto, dando conta que o município «desenvolveu um trabalho com uma equipa de historiadores que, durante três anos, fez um levantamento em arquivos históricos sobre o Tapete de Arraiolos». «Acabámos por ficar até com um levantamento arquitectónico do concelho», salientou, completando: «Para nós é importante ir buscar informações sobre o passado para depois construirmos o futuro».

Dinamizar a economia local

Também a empada de Arraiolos tem uma longa história e está profundamente ligada à cultura local. «As pessoas vêm a Arraiolos ver o Tapete e comer a empada», ironizou a autarca. Jorge Macau sublinhou que «são processos diferentes», mas que «o registo da marca da empada também veio dar um importante contributo» para a economia local. A autarquia procedeu ainda ao registo de outros três produtos: o pastel de toucinho, as cavacas do Vimieiro e o Nógado.

Tudo isto esteve em grande destaque na Bolsa de Turismo de Lisboa. Mas a maior procura de informação neste certame foi mesmo os percursos pedestres – um dos grandes investimentos do mandato – que permitem explorar a rica paisagem, história e cultura do concelho. Destaque para o da vila de Arraiolos, que permite aos visitantes explorar as ruas estreitas com a típica arquitectura alentejana, o castelo e as suas muralhas, a Igreja de São João Baptista. Também existem em São Pedro da Gafanhoeira, em Vale Pereiro e no Vimeiro. «Agora estamos a construir em Sabugeiro e Santana. O nosso objectivo é fazer uma rede de percursos em todas as freguesias e localidades do concelho», adiantou o também candidato.

Estes últimos quatro anos ficaram também marcados pela intervenção no Parque de Feiras e zona envolvente ao Multiusos; continuação da regeneração urbana em Vimieiro; início da regeneração urbana em Igrejinha; criação da zona de lazer na albufeira do Divor; remodelação dos parques infantis nas Ilhas, Santana do Campo, Carrascal e Aldeia da Serra e início de procedimentos no de Arraiolos; Centro Comunitário na localidade Ilhas; remodelação e adaptação do Casão para Multiusos em S. Pedro da Gafanhoeira; remodelação do largo de Santa Clara em Sabugueiro; melhoramento no recinto de festas em Santana do Campo e em Igrejinha; arruamento em Vale do Pereiro; arrelvamento dos campos de futebol em Vimieiro e São Pedro da Gafanhoeira, entre muitas outras.

 

Inverter o ciclo da desertificação do Interior do País

Em contra-ciclo com a realidade do Interior do País, Sílvia Pinto, que ao longo dos anos tem demonstrado um compromisso profundo com a melhoria do sistema educativo, deu a conhecer que em 2024 «aumentámos uma sala de pré-escolar e outra de primeiro ciclo em Arraiolos», o que quer dizer que «o número de crianças está a aumentar» e que as pessoas que procuram o concelho «vêm e ficam». «Se tínhamos uma escola básica com jardim de infância que dava para as necessidades, neste momentos estamos a trabalhar num novo projecto», revelou Jorge Macau.

 

Projectos para o desenvolvimento do concelho

Jorge Macau anunciou que a CDU quer dar continuidade e iniciar projectos estruturantes que irão contribuir claramente para o desenvolvimento do concelho de Arraiolos. Alguns iniciar-se-ão ainda no presente mandato, como o Laboratório Têxtil na Casa Queiroga, a cobertura do Palácio dos Condes do Vimieiro, a recuperação do Torre do Relógio [no castelo], a adaptação dos antigos Celeiros da EPAC a Pólo de Oportunidades Empresariais Tecnológicas de Arraiolos, o parque empresarial da Igrejinha, o parque urbano em Carrascal e Vale do Pereiro.

A tudo isto junta-se o compromisso com os trabalhadores do município, a cultura, o desporto e os tempos livres, no apoio prestado às instituições no plano social, ao movimento associativo e à protecção civil.

Destaque ainda para a conclusão da revisão do PDM, que assume um papel determinante no futuro, assim como a aquisição de terrenos para auto-construção e condições particulares sobretudo para jovens.

Sobre o Palácio, Sílvia Pinto esclareceu que o objectivo é criar um «laboratório virado para as questões da música filarmónica». «Não se quer que seja só um espaço expositivo, mas de experimentação, que permita que as bandas possam fazer intercâmbio» e «ter um auditório onde se possa mostrar o resultado desse laboratório».

Jorge Macau destacou o Pólo de Oportunidades Empresariais, Tecnológicas de Arraiolos, que será «um viveiro de empresas». «Queremos apostar na tecnologia para trazermos emprego qualificado para Arraiolos», sublinhou.