Na iniciativa, Manuel Coelho, actual presidente da Assembleia Municipal, destacou o apoio crescente à CDU em Avis da parte de vários munícipes, «muitos deles sem conhecida filiação partidária ou que, em momentos anteriores, apoiaram outras forças políticas», e que dão ânimo, referiu, a uma candidatura que continuará a «contribuir para elevar a novos patamares o valiosíssimo legado de trabalho, transformação e desenvolvimento».

Para o candidato, este é o momento de reforçar os contactos, ouvir e recolher contributos para a elaboração colectiva de «um programa amplamente participado, em que, face às necessidades das populações e dos agentes que actuam no território, se trace caminhos e perspectivas, se apresentem propostas e soluções».

«A CDU, com provas dadas ao longo de décadas, nas freguesias e no município, concretizou e é a única força com condições de levar ainda mais longe a obra em prol do concelho de Avis e das suas gentes, assente no exercício de uma gestão democrática, participada, de proximidade e em estreita ligação às populações e aos agentes locais, inovadora», sublinhou.

Intervir no concelho

Uma das áreas destacadas por Manuel Coelho foi a limpeza e higiene urbana, à qual, frisou, a CDU continuará a dar particular atenção. Além desta, lembrou a importância da manutenção dos jardins e espaços verdes, da qualidade do espaço público, da valorização do património histórico e da conservação dos imóveis propriedade do município.

O candidato assinalou a necessidade de, em matéria de habitação, a autarquia continuar a avaliar as necessidades e as possibilidades de disponibilização de lotes a preços controlados para auto-construção, vincando que a CDU dará «particular enfoque aos imóveis devolutos e em estado de degradação, procurando as ferramentas possíveis para a sua recuperação».

Mobilidade e direitos

«Num concelho como o nosso, com mais de 600 km², com povoações e aglomerados dispersos, a questão das acessibilidades e da mobilidade merece abordagem», sublinhou, afirmando que a Coligação procurará, «durante os quatro anos do próximo mandato, concretizar um plano de investimentos na conservação, manutenção ou requalificação das estradas, caminhos municipais e caminhos agrícolas». O candidato assegurou, ainda, que a CDU «continuará a exigir a ligação entre Estremoz e Abrantes, em perfil de IC, com passagem por Sousel, Avis e Ponte de Sor».

Manuel Coelho salientou, ainda, outras áreas nas quais a Coligação continuará a intervir, como a valorização dos trabalhadores do Município, o apoio às juntas e a distribuição dos investimentos municipais de forma equilibrada entre as freguesias, a defesa e o apoio ao movimento associativo, aos bombeiros voluntários e às IPSS, e a procura de parcerias com os micro, pequenos e médios empresários e demais agentes económicos. O candidato assinalou outras áreas prioritárias, como a defesa dos direitos de crianças, jovens e reformados, pensionistas e idosos.

Lutas de hoje

A sessão contou, ainda, com uma intervenção de Paulo Raimundo, que referiu os principais combates políticos da actualidade, nomeadamente a luta pelo cumprimento da Constituição e contra a sua revisão, e a batalha contra a política de direita que terá continuidade com o novo Governo PSD/CDS. O Secretário-Geral valorizou, igualmente, o projecto da CDU como uma alternativa com soluções concretas para a região do Alentejo (e o distrito de Portalegre em particular), e a participação das mulheres nas candidaturas da Coligação, entendendo que é preciso ir ainda mais longe nesta matéria.

Na iniciativa, que foi aberta com um animado momento musical levado a cabo por Catarina e Mafalda, estiveram presentes na mesa, além dos intervenientes: Rogério Silva, responsável pela Organização Regional de Portalegre (ORPOR) e membro do Comité Central; Tiago Aldeias, da Comissão Executiva do PEV; e Ângelo Alves, da Comissão Política.

Continuar o trabalho

Nuno Silva, actual presidente da Câmara Municipal de Avis (CMA), que também interveio na sessão, foi apresentado como o cabeça-de-lista da CDU à Assembleia Municipal. Com 52 anos, é bombeiro voluntário e dirigente associativo, integrando a associação humanitária de bombeiros voluntários do concelho. Psicólogo, é membro da equipa de intervenção psicológica na crise, da ANPC, tendo estado no terreno em situações de catástrofe e incidentes de âmbito nacional.

A nível autárquico, além da presidência do Município desde 2013, foi eleito na Assembleia de Freguesia de Avis (1997-2001), vereador (2001-13) e vice-presidente do Município (2005-13). Presidiu ao conselho de administração da AreanaTejo (2013-15) e foi vogal deste órgão (2015-21).

Membro do PCP, integra a Comissão Concelhia de Avis e a Direcção da ORPOR.