ONU rejeita mecanismo de controlo à alimentação na Faixa de Gaza

A agência da ONU en­car­re­gada de ajudar os re­fu­gi­ados pa­les­ti­ni­anos re­novou as suas crí­ticas ao novo me­ca­nismo de en­trega de ali­mentos na Faixa de Gaza, im­pul­si­o­nado por EUA e Is­rael, con­si­de­rado ine­ficaz e hu­mi­lhante. O co­mis­sário geral da Agência das Na­ções Unidas para As­sis­tência aos Re­fu­gi­ados da Pa­les­tina no Ori­ente Pró­ximo (UNRWA) afirmou que esse me­ca­nismo não aborda a fome no ter­ri­tório. A cha­mada nova forma de gerir a as­sis­tência na Faixa de Gaza é su­ma­mente de­gra­dante, hu­mi­lhante, e põe vidas em pe­rigo, de­nun­ciou.

O res­pon­sável afirmou que as Na­ções Unidas têm o co­nhe­ci­mento, a ex­pe­ri­ência e a con­fi­ança da co­mu­ni­dade para ofe­recer uma as­sis­tência se­gura na Faixa de Gaza, onde se re­gis­taram mais de 55 mil pa­les­ti­ni­anos mortos desde Ou­tubro de 2023, além de de­zenas de mi­lhares que foram fe­ridos ou estão de­sa­pa­re­cidos, em re­sul­tado da agressão is­ra­e­lita.

Em prin­cí­pios de Junho cor­rente, o co­mis­sário geral da UNRWA afirmou que o novo me­ca­nismo, im­posto por Te­la­vive e Washington, é uma «ar­ma­dilha mortal». As­si­nalou então que «esse sis­tema hu­mi­lhante obrigou mi­lhares de pes­soas es­fo­me­adas e de­ses­pe­radas a ca­mi­nhar de­zenas de qui­ló­me­tros» até um centro de «ajuda» para re­ceber ali­mentos. Tais en­tregas devem ser re­a­li­zadas em grande es­cala e de ma­neira se­gura, con­trapôs.

Numa outra men­sagem, o res­pon­sável apelou a Is­rael para le­vantar o blo­queio contra a po­pu­lação pa­les­ti­niana na Faixa de Gaza e per­mitir à ONU um acesso se­guro e sem im­pe­di­mentos para dis­tri­buir a ajuda com o fim de «evitar a fome mas­siva que afecta in­clu­si­va­mente um mi­lhão de cri­anças».

O ac­tual mo­delo em dis­tri­buição equi­vale a con­vidar as pes­soas à morte, as­se­gurou na se­mana pas­sada a porta-voz da UNRWA, Ju­li­ette Touma. «A única forma de dis­tri­buir ajuda em grande es­cala e de forma se­gura à po­pu­lação da Faixa de Gaza é através das Na­ções Unidas, in­cluindo a UNRWA», rei­terou a res­pon­sável.

 



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