Por uma Coimbra «mais feliz» e onde se possa «viver melhor»
A Praça 8 de Maio acolheu, na passada sexta-feira, 20, o comício de apresentação dos candidatos da CDU aos órgãos autárquicos de Coimbra. Este momento, que contou com a participação de Paulo Raimundo, foi antecedido de um desfile pela baixa conimbricense, principiado no Largo da Portagem.
Na CDU, o trabalho autárquico é desenvolvido de forma séria
Eram já muitos aqueles que, por volta das 17h30, se começavam a juntar no Largo da Portagem, em preparação para o desfile que viria a afirmar, mais uma vez, a força da CDU pela baixa de Coimbra.
Durante o caminho, apenas um momento levou à interrupção das palavras de ordem. Este deu-se quando um artista de rua começou a entoar o tema «Que força é essa», de Sérgio Godinho, situação que levou a um bonito momento de canto colectivo que juntou, não só os participantes do desfile, mas também outras pessoas presentes na baixa.
Chegados à Praça, o mandatário Rui Mendes apresentou a iniciativa, dando a conhecer a mesa composta por João José Ferreira, do Conselho Nacional dos Verdes; Francisco Queiroz, vereador e candidato da CDU à Câmara Municipal de Coimbra; Manuel Pires Rocha, candidato à Assembleia Municipal e Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP.
Cidade de Cultura
«Depois de tanto mal que lhe foi feito», continuamos «convencidos de que é possível salvar esta cidade» afirmou Manuel Pires Rocha, referindo-se às consequências de décadas de política de direita que transformaram Coimbra num «território devorado por interesses imobiliários».
Quantos à cultura, o candidato recordou que esta, em Coimbra, sempre se fez de associativismo e é preciso opor à visão que «de quando em quando, transforma Coimbra toda num parque de estacionamento», uma visão que a valorize, «construindo mais salas de ensaio», «dinamizando espaços museológicos» e «apoiando a formação e o acolhimento de encontros e festivais.»
Por sua vez, o candidato e vereador da CDU Francisco Queiroz, disse que «cabe agora às populações escolherem o modelo de desenvolvimento de suas terras» para que Coimbra não seja mais «um concelho saudosista de um terceiro lugar num pódio de subdesenvolvimento.»
«Os conimbricenses estão cansados de jogos de poder». Na CDU, o trabalho autárquico é desenvolvido de forma séria e comprometida com as populações, basta ver os avanços nos pelouros já exercidos pelos seus vereadores na Câmara, como a habitação ou os espaços verdes.
No ambiente, é necessária uma política de valorização do «espaço público, preservando a defesa de valores ambientais», «criando mais espaços verdes, bosques e corredores verdes» como a CDU conseguiu com o bosque dos Loios.
Depois da «eliminação da ferrovia de Lousã» e recuos nos transportes, a promessa do Metrobus foi uma «montanha que pariu um rato», com a maioria do executivo mais empenhada num «autocarro eléctrico movido a pilhas», do que na garantia de transportes de qualidade que sirvam todo o concelho.
Não há, no entanto, serviços públicos de qualidade, sejam transportes, saúde ou educação, sem a valorização dos trabalhadores. Urge, portanto, valorizar «as suas condições de trabalho, as instalações municipais», assim como os equipamentos necessários.
O candidato terminou a sua intervenção lembrando o poema «Cidade Ideal», de Chico Buarque» afirmando uma Coimbra onde se viva melhor.
Pela Paz
«Fazem todos falta a este magnifico concelho de Coimbra», afirmou Paulo Raimundo na sua intervenção, antes de lembrar a infame reunião das Lajes, e de rejeitar a possibilidade de Portugal voltar a ceder território como «plataforma para acentuar um conflito que está em curso no médio-oriente».