Retomar o progresso em Montemor-o-Novo
O Secretário-Geral do PCP participou, dia 17 de Junho, na apresentação dos primeiros candidatos da CDU a todos os órgãos autárquicos do concelho de Montemor-o-Novo. Carlos Pinto de Sá é candidato a presidente da Câmara Municipal.
Projecto para a construção do futuro do concelho
A sessão decorreu junto ao Mercado Municipal e ao Quartel dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo, cujas obras de ampliação e requalificação, num investimento de centenas de milhares de euros, só foi possível, quando tudo parecia impossível, pelo empenho e apoio de um anterior executivo da CDU.
«Homenagem da população do concelho de Montemor-o-Novo ao bombeiro voluntário - 12-06-2005», lia-se numa placa junto à estátua que se encontra na praça, onde estiveram, naquela terça-feira, mais de 300 pessoas para dar o seu apoio à grande frente unitária e popular que é a CDU, onde homens, mulheres e jovens empregam a sua energia, força, confiança e determinação em prol da população deste concelho.
Depois da actuação de David Mira – que interpretou temas originais e não só – foram anunciados os primeiros candidatos da CDU às freguesias do concelho, que voltaram a ser 10 devido à luta das populações, bem como à intervenção do PCP, da CDU e dos seus eleitos.
A lista à freguesia de Cabrelas é encabeçada por Francisco Catarro (64 anos, jurista); de Ciborro por Nélia Campino (46 anos, coordenadora técnica); de Cortiçadas de Lavre por José Custódio Garfo (62 anos, pedreiro); de Foros de Vale Figueira por Orlando Beldroega (49 anos, engenheiro mecânico), de Lavre por Ângela Catarino (51 anos, economista); de Nossa Senhora do Bispo por Joana Gingão (51 anos, técnica superior); de Nossa Senhora da Vila por André Banha (36 anos, assistente técnico); de São Cristóvão por Telmo Caldeira (47 anos, motorista de transportes públicos); de Santiago do Escoural por Albertino Semedo (67 anos, bancário); das Silveiras por Hortência Menino (48 anos, geógrafa).
Apresentado foi também o nome do primeiro candidato à Assembleia Municipal (AM): António Danado (49 anos, advogado e presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora da Vila, Nossa Senhora do Bispo e Silveiras), depois de ter sido anunciado que Carlos Pinto de Sá seria o candidato a presidente da Câmara Municipal. Ambos subiram ao palco, sob uma imensa salva de palmas, tal como Vítor Carrasco, responsável do PCP pela Organização Concelhia de Montemor-o-Novo; Patrícia Machado, da Comissão Política do Comité Central do PCP e responsável pela Organização Regional de Évora no Executivo da Direcção Regional do Alentejo; Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP.
Na primeira intervenção política da noite, António Danado lembrou que a próxima AM terá novamente «31 eleitos, em vez dos actuais 28» e «representantes de todas as freguesias». «Desde 2013, nunca desistimos de lutar contra a extinção das freguesias», que apelidou de «aberração». Críticas que se estenderam ao actual mandato do executivo municipal do PS.
Falar a verdade
Fazendo um exercício de memória, Carlos Pinto de Sá lembrou que as câmaras CDU «foram pioneiras na descentralização para as freguesias», transferindo-lhes «o dobro da verba que a lei previa!». «Convosco, com as populações e as instituições das freguesias, vamos apurar as aspirações, as reivindicações, as acções e os projectos que é possível implementar, no próximo mandato, em cada freguesia. Vamos formar listas fortes e diversificadas, falar com cada associação, com as instituições e as empresas. Não é possível fazer tudo o que falta. Mas é possível, falando a verdade e não com promessas vãs, definir um programa a realizar, e que vamos realizar, em cada freguesia», assegurou o candidato.
Dirigindo-se aos trabalhadores, aos jovens, aos reformados, às mulheres e a todos aqueles que «escolheram o concelho para viver e trabalhar», Carlos Pinto de Sá destacou as principais prioridades para o desenvolvimento da região. Entre elas, salientou a necessidade de promover «uma economia local mais dinâmica e diversificada, capaz de atrair investimento, criar emprego e aumentar os rendimentos». Reafirmou ainda o compromisso com o apoio às «micro, pequenas e médias empresas», apostando no fortalecimento das actividades produtivas e do sector do turismo. No plano ambiental, defendeu a «preservação e valorização do meio ambiente», com especial atenção à «recuperação do Almansor e das linhas de água». Por fim, sublinhou a importância de «reforçar e inovar a oferta cultural» do concelho.
Recordando que o trabalho da CDU foi «interrompido» em Montemor-o-Novo nas últimas eleições autárquicas, Paulo Raimundo expressou confiança de que, «a bem das populações, vamos retomar esse caminho». Afirmou que «Montemor-o-Novo precisa da CDU e de um povo mobilizado, exigente, próximo e determinado em levar adiante a justa reivindicação de viver melhor na sua terra». Para isso, sublinhou, é fundamental «reforçar esta frente popular e unitária que é a CDU». «Façamos da batalha autárquica aquilo que ela é, pode e deve ser, um grande momento de esclarecimento e de mobilização popular», concluiu.