Desmembramento da TAP
O PCP convocou a presença do Ministro da Obras Públicas, Transportes e Habitação na Assembleia da República, para esclarecer a intenção de privatizar da TAP.
O pedido foi formalizado por carta pelo deputado Bruno Dias, ao Presidente da Comissão Parlamentar na qual é sublinhada a importância de clarificar as linhas estratégicas a que obedece a privatização daquela empresa.
Segundo notícias recentemente vindas a público, essa operação está iminente. O diploma, a ser submetido ao conselho de Ministros, encontra-se em fase de ultimação. De acordo com as mesmas notícias, o Presidente do conselho de Administração, terá assumido que a estratégia de privatização assenta na segmentação da TAP, começando pela área de assistência em escala, o chamado Handling.
Como notou Bruno Dias, esta estratégia de privatização configura uma «perspectiva nova e qualitativamente diferente», no que se refere às orientações assumidas pelo actual Governo para a empresa. «Há declarações anteriores que o comprovam», referiu Bruno Dias, citando palavras do ministro, proferidas na Assembleia da Republica em Outubro de 2002, quando disse ser propósito do Governo fazer «todos os possíveis por manter a unidade da TAP nas suas valências máximas».
Afirmação esta, concluiu o parlamentar comunista, «que é manifestamente contraditória com a iniciativa publicamente anunciada de iniciar um processo de desmembramento da empresa».
CIA treina secreta?
Noticias que referem estar previsto o futuro treino dos serviços de informações portugueses por agentes da CIA, levaram o PCP a exigir explicações aos Ministros da Defesa e da Administração Interna.
Em requerimento entregue, na passada semana, no Parlamento, o deputado António Filipe justifica o seu pedido com um artigo publicado pela revista «Visão», segundo o qual, os agentes da secreta norte-americana vão instalar-se em Portugal, para formarem agentes do serviços de informação portugueses, SIS e SIEDM.
DE acordo com a revista, a formação inclui «aulas práticas sobre seguimentos, intrusões, escutas, e laboratórios», acções que o PCP considera «legalmente vedadas aos serviços de informações portugueses».
A revista acrescenta que o serviço a prestar pela CIA, inclui o fornecimento de equipamento de vigilância e de escutas, o que a bancada comunista considera «incompreensível». «Se os serviços de informações portugueses possuíssem os equipamentos e os respectivos agentes recebessem tal formação, estaríamos perante gravíssimos indícios de actuações ilegais e inadmissíveis por parte desses serviços», concluiu o deputado comunista.