Lutar contra a regressão
A CGTP convocou para o próximo dia 21 de Março uma «jornada nacional e europeia contra a regressão social e pelos direitos dos trabalhadores». Esta acção culminará uma quinzena de luta iniciada no dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e ocorrerá na véspera da Cimeira Europeia de Atenas.
A CGTP lembra que esta acção terá uma dimensão nacional, «dando lugar a plenários e paralisações de trabalho que permitam a participação em concentrações e manifestações nos diferentes distritos e regiões autónomas», mas também europeia, já que se integra «no dia de acção sindical que a Confederação Europeia dos Sindicatos convocou para esse dia».
Por todo o País, diversas estruturas sindicais preparam as acções a realizar no âmbito da jornada europeia, bem como da quinzena de luta. A União de Sindicatos de Lisboa realiza no dia 8 uma tribuna de opinião, seguida de marcha, sob o lema «Andar para trás não! É hora de igualdade». No dia 10, dirigentes e delegados sindicais vão dar a volta à Assembleia da República em 24 horas, em protesto contra o pacote laboral. A 13, estarão concentrados trabalhadores de empresas que faliram há mais de uma década e não receberam ainda os créditos devidos. A tribuna pública de 14 de Março, outro dos momentos de contestação da USL, dirige-se fundamentalmente a trabalhadores que perderam ou estão em risco de perder os postos de trabalho. No dia 19 realiza-se o encontro de trabalhadores credores do patronato e no dia 21, uma manifestação partirá da Praça do Município em direcção à Assembleia da República.
Também a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública já decidiu algumas formas de luta. Para além da sua participação na jornada do dia 21, a Frente Comum realizará amanhã, dia 7, uma acção de debate sobre as implicações no sector do pacote laboral, com relevância para as alterações à lei da maternidade/paternidade. Está ainda previsto um plenário de dirigentes, delegados e activistas sindicais, com saída à rua, ainda sem data marcada.