«Soldados no Laboratório»
O sector militar tem uma influência desproporcionada no desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Reino Unido, conclui um relatório divulgado no dia 20, de acordo com o qual quase um terço de todos os fundos públicos destinados à investigação são absorvidos pelo Ministério da Defesa, muito mais do que gasta Serviço Nacional de Saúde.
O relatório, intitulado «Soldados no laboratório», redigido pelo grupo «Cientistas em prol da Responsabilidade Global» e publicado pelo diário The Guardian, considera que a ciência militar, ao concentrar-se nas soluções tecnológicas, limita o pensamento sobre questões de segurança.
Em vez de analisarem os problemas socais que estão na origem do terrorismo ou dos conflitos de tipo civil, os investigadores dedicam-se a desenvolver sensores para a guerrilha bioquímica, equipamento de campo avançado para a infantaria ou tecnologias de mísseis capazes de provocar uma nova corrida aos armamentos.
Segundo os autores do estudo, o comércio internacional de armas, impulsionado pelo desenvolvimento de material bélico cada vez mais complexo, está a contribuir para atiçar os conflitos e exacerbar os problemas da pobreza e dos direitos humanos.
O documento acusa ainda um pequeno número de empresas do sector militar de exercer «uma influência em boa medida invisível» sobre o governo britânico.
No ano passado, o Ministério da Defesa britânico gastou cerca de 3,9 milhões de euros em investigação, montante que representa 30 por cento do orçamento dedicado à investigação e desenvolvimento. O sector da defesa emprega 40 por cento de todos os cientistas que trabalham para o governo.
O relatório, intitulado «Soldados no laboratório», redigido pelo grupo «Cientistas em prol da Responsabilidade Global» e publicado pelo diário The Guardian, considera que a ciência militar, ao concentrar-se nas soluções tecnológicas, limita o pensamento sobre questões de segurança.
Em vez de analisarem os problemas socais que estão na origem do terrorismo ou dos conflitos de tipo civil, os investigadores dedicam-se a desenvolver sensores para a guerrilha bioquímica, equipamento de campo avançado para a infantaria ou tecnologias de mísseis capazes de provocar uma nova corrida aos armamentos.
Segundo os autores do estudo, o comércio internacional de armas, impulsionado pelo desenvolvimento de material bélico cada vez mais complexo, está a contribuir para atiçar os conflitos e exacerbar os problemas da pobreza e dos direitos humanos.
O documento acusa ainda um pequeno número de empresas do sector militar de exercer «uma influência em boa medida invisível» sobre o governo britânico.
No ano passado, o Ministério da Defesa britânico gastou cerca de 3,9 milhões de euros em investigação, montante que representa 30 por cento do orçamento dedicado à investigação e desenvolvimento. O sector da defesa emprega 40 por cento de todos os cientistas que trabalham para o governo.