Combates em Nahr al-Bared
As forças regulares do governo de Fouad Siniora voltaram a investir contra o campo de refugiados de Nahr al-Bared. Em França, os partidos políticos libaneses iniciaram o diálogo.
Mais de 80 por cento dos edifícios estão completamente destruídos
No mesmo dia em que 14 formações políticas libanesas iniciaram conversações tendo em vista uma saída para o impasse de poder em que se encontra mergulhado o país, o exército libanês lançou aquela que diz ser a derradeira ofensiva contra os militantes da Fatah al-Islam, barricados, desde meados do mês de Maio, no campo de refugiados de Nahr al-Bared, no Norte do Líbano.
Domingo, unidades de infantaria apoiadas por intenso fogo de artilharia pesada e carros blindados entraram no antigo gueto que servia de residência a cerca de 40 mil refugiados palestinianos com o objectivo claro de esmagar os focos remanescentes da resistência no campo. Até ao momento, os soldados de Beirute ainda não conseguiram concluir com sucesso a operação e o número de vítimas entre as suas fileiras já ultrapassa a centena desde o início do cerco.
Os relatos falam em combates muito duros rua a rua, casa a casa. Mais de 80 por cento dos edifícios estão completamente destruídos mas os escassos guerrilheiros afirmam que não se rendem sob nenhuma condição.
Diálogo difícil
Paralelamente, em França, os partidos libaneses sentaram-se à mesa das negociações com o intuito de resolver as diferenças políticas que deixaram o Líbano à beira de uma nova guerra civil.
Apesar dos veementes protestos dos representantes diplomáticos israelitas junto das autoridades de Paris, o Hezbollah - que mantém o acampamento de protesto no centro de Beirute exigindo a demissão do governo e a convocação de eleições gerais antecipadas - foi convidado a fazer parte do diálogo que decorre no castelo de La Celle Saint-Cloud, nos arredores da capital gaulesa.
À chegada à reunião, os enviados do Hezbollah garantiram que os dois soldados israelitas feitos prisioneiros em 2006 estão vivos e de boa saúde. Garantias igualmente firmes foram recusadas pelos dirigentes xiitas quanto à disposição em ceder nas exigências ao executivo de Fouad Siniora, líder que o Hezbollah acusa de estar ao serviço dos grandes interesses económicos nacionais e internacionais e de fazer o povo pagar a factura da crise e da guerra.
Dias antes do encontro foram divulgados dados que indicam que, durante o ano de 2007, os EUA multiplicaram por 15 o valor da ajuda militar ao governo libanês, colocando a pequena nação em terceiro lugar no ranking dos países que mais ajuda militar recebem de Washington per capita. O facto não contribui para serenar os ânimos entre as partes, mas pelo menos tem o condão de clarificar algumas das posições em cima da mesa.
Domingo, unidades de infantaria apoiadas por intenso fogo de artilharia pesada e carros blindados entraram no antigo gueto que servia de residência a cerca de 40 mil refugiados palestinianos com o objectivo claro de esmagar os focos remanescentes da resistência no campo. Até ao momento, os soldados de Beirute ainda não conseguiram concluir com sucesso a operação e o número de vítimas entre as suas fileiras já ultrapassa a centena desde o início do cerco.
Os relatos falam em combates muito duros rua a rua, casa a casa. Mais de 80 por cento dos edifícios estão completamente destruídos mas os escassos guerrilheiros afirmam que não se rendem sob nenhuma condição.
Diálogo difícil
Paralelamente, em França, os partidos libaneses sentaram-se à mesa das negociações com o intuito de resolver as diferenças políticas que deixaram o Líbano à beira de uma nova guerra civil.
Apesar dos veementes protestos dos representantes diplomáticos israelitas junto das autoridades de Paris, o Hezbollah - que mantém o acampamento de protesto no centro de Beirute exigindo a demissão do governo e a convocação de eleições gerais antecipadas - foi convidado a fazer parte do diálogo que decorre no castelo de La Celle Saint-Cloud, nos arredores da capital gaulesa.
À chegada à reunião, os enviados do Hezbollah garantiram que os dois soldados israelitas feitos prisioneiros em 2006 estão vivos e de boa saúde. Garantias igualmente firmes foram recusadas pelos dirigentes xiitas quanto à disposição em ceder nas exigências ao executivo de Fouad Siniora, líder que o Hezbollah acusa de estar ao serviço dos grandes interesses económicos nacionais e internacionais e de fazer o povo pagar a factura da crise e da guerra.
Dias antes do encontro foram divulgados dados que indicam que, durante o ano de 2007, os EUA multiplicaram por 15 o valor da ajuda militar ao governo libanês, colocando a pequena nação em terceiro lugar no ranking dos países que mais ajuda militar recebem de Washington per capita. O facto não contribui para serenar os ânimos entre as partes, mas pelo menos tem o condão de clarificar algumas das posições em cima da mesa.