Nas últimas semanas, com o aproximar da data das eleições, Sócrates e outros dirigentes do PS têm insistido que as eleições para o Parlamento Europeu, tratando-se de um órgão supranacional, não são o espaço próprio para julgar a actividade governativa no plano nacional, motivo pelo qual a campanha deve desenvolver-se no terreno das políticas europeias e não das políticas nacionais.
Falta pouco mais de uma semana para a Marcha «Protesto, Confiança e Luta – Nova política para uma vida melhor!», que a CDU promove no dia 23 de Maio, em Lisboa. As razões que presidiram à sua convocação, não só se mantêm, como estão cada dia mais válidas.
Em Guimarães e no Seixal, Jerónimo de Sousa apelou aos apoiantes da coligação para que trabalhem com convicção para mobilizar vontades e libertar energias por uma CDU mais forte que «irredie na sua mensagem, nas suas propostas, no seu projecto, a esperança numa vida melhor».
Ilda Figueiredo esteve no Algarve, no dia 8, a participar em várias acções de pré-campanha, esclarecendo, mobilizando e explicando porque é que vale a pena votar na CDU no dia 7 de Junho.
Na terra onde o Soeiro Pereira Gomes iniciou a sua actividade política e literária, o Partido assinalou, com um comício, o 100.º aniversário do «construtor de Abril, resistente antifascista e dirigente do PCP, escritor talentoso, homem cuja vida e obra testemunham um profundo compromisso com a luta pela libertação dos explorados e dos oprimidos, pela liberdade e pelo socialismo», como lembrou Jerónimo de Sousa.
Entre as muitas e inadiáveis tarefas para 2009, como a intensificação da luta de massas e os três actos eleitorais, está o permanente reforço da organização e intervenção partidárias. As assembleias das organizações são, em si mesmas, momentos de reforçar o Partido.
Mais de dois mil enfermeiros desfilaram em protesto, do Ministério da Saúde à residência oficial de José Sócrates, em Lisboa, anteontem, dia em que a quase totalidade da classe aderiu à greve nacional.
Por actualizações salariais justas e contra a ameaça de despedimentos, 98 por cento dos trabalhadores do hotel Marriott, em Lisboa, cumpriram uma greve, dia 8, e já agendaram outra para dia 18.
O PCP rejeitou com indignação e firmeza a acusação do PS sobre o seu alegado envolvimento nos recentes incidentes com Vital Moreira, afirmando tratar-se de uma «intolerável calúnia».
O Grupo Parlamentar do PCP reiterou na passada semana a necessidade do reforço urgente do número de inspectores de trabalho, tendo em conta «a actual conjuntura», e desafiou o Governo a alargar o recrutamento nos concursos de admissão da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).
Já regressaram os 40 portugueses que estiveram em Cabo Verde a participar, no inicio do mês, nas cerimónias comemorativas dos 35 anos do encerramento definitivo do Campo de Concentração do Tarrafal.
No Baixo Alentejo, o fim-de-semana ficou marcado pela apresentação de várias candidaturas da CDU. «Trabalho, honestidade e competência» é o mote da Coligação a quem a região tanto deve.
Manuel Lopes, falecido há dez anos e evocado anteontem na Voz do Operário, em Lisboa, constitui um «exemplo para os dias de hoje» e «dá mais força à nossa inabalável vontade de continuarmos a luta contra a exploração e por uma sociedade mais justa e fraterna», afirmou o secretário-geral do PCP.
Um relatório do Ministério do Trabalho britânico conclui que as desigualdades de rendimento entre os dez por cento mais pobres e os dez por cento mais ricos se aprofundaram no país em 2007-2008.
O Parlamento Europeu aprovou, dia 5, um relatório elaborado pela deputada do PCP, Ilda Figueiredo, que incide sobre as normas de comercialização da carne de aves, obrigando a Comissão Europeia a recuar.
A Rússia classifica de ameaça directa as manobras de guerra que a NATO efectua na Geórgia durante este mês. Os exercícios iniciaram-se num contexto de crescente contestação interna ao governo georgiano e avolumam as tensões no Cáucaso.
Cem dias depois da tomada de posse do presidente dos EUA, os bombardeamentos de civis no Afeganistão e Paquistão evidenciam que a nova estratégia prometida por Obama para a região é, afinal, gémea da seguida por Bush.
Muitos não sabendo do que falam, muitos outros mentindo e deturpando por saberem exactamente do que falam, ergueram uma operação a propósito das alterações à lei do financiamento dos partidos. Os objectivos são claros: identificar no PCP a responsabilidade destas alterações, favorecendo a ideia de que os partidos são «todos iguais», tão necessária quanto indispensável para garantir que os «iguais» de facto se perpetuem no poder.
O papel que em regra tem sido destinado às sondagens no nosso País – não a de se constituirem como um factor de avaliação e conhecimento de atitudes ou opções políticas e eleitorais, mas sim a de serem instrumentalizadas para as formatar ou condicionar – exige que sejam lidas e vistas, desde logo pela larga massa de militantes, com o valor relativo e as intenções que as acompanha.
Numa altura em que a organização nos locais de trabalho ganha preponderância fulcral para deter o avanço da ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, a Qimonda, e a sua história em Portugal, são um claro exemplo dos obstáculos e dificuldades que a luta dos trabalhadores enfrenta e, sobretudo, da visão actual que a maioria das empresas, nomeadamente as multinacionais, têm da força de trabalho, ou seja, dos trabalhadores.
Miguel Moreira e Bruno Fonseca, ambos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte e Centro (STIENC/CGTP-IN), falam ao Avante! da sua experiência naquela empresa, que depois de receber avultadas ajudas do Estado abandona os trabalhadores que tanto explorou. O primeiro é o dirigente responsável pelo sector de fabricantes de material eléctrico e electrónico, o segundo é um jovem dirigente, trabalhador na Qimonda.
O ministro da Defesa veio anunciar a decisão de extinguir a Manutenção Militar e as Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento, depois de já ter decretado a extinção do Arsenal do Alfeite. Preocupados com as consequências destas medidas, para a soberania e a defesa do País e para a preservação de mais de dois mil postos de trabalho, os comunistas dos estabelecimentos fabris das Forças Armadas e empresas de Defesa (EFFAs) acusam o Governo de não dizer a verdade e de, com esta «reestruturação», pretender afinal a destruição de um valioso património público, para abrir a porta aos negócios de privados.