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Defender o que é justo

«Ataque ro­ti­neiro» à pres­tação do ren­di­mento so­cial de in­serção, cum­prindo uma es­tra­tégia que «visa não tocar nos mais ricos e po­de­rosos, que con­ti­nuam a en­gordar com a mi­séria e a ex­plo­ração», assim de­finiu o de­pu­tado co­mu­nista Jorge Ma­chado as duas mais re­centes ini­ci­a­tivas do CDS/​PP sobre aquele pres­tação so­cial, re­cen­te­mente em de­bate no Par­la­mento e ambas chum­badas.

Na linha de es­tig­ma­ti­zação dos be­ne­fi­ciá­rios do RSI, o que o di­ploma do CDS/​PP pro­punha era o «im­pe­di­mento, a sus­pensão ou a ces­sação» da­quela pres­tação após «acu­sação ou trân­sito em jul­gado de de­cisão ju­di­cial con­de­na­tória» pela prá­tica de crimes pu­ní­veis com penas de prisão su­pe­ri­ores a três anos.

Con­tes­tando os di­plomas, Jorge Ma­chado lem­brou que a lei, após trân­sito em jul­gado, «já hoje prevê a ces­sação ime­diata e au­to­má­tica da pres­tação» e acusou o CDS/​PP de vi­olar a pre­sunção de ino­cência ao pre­tender a sus­pensão do RSI com base apenas na acu­sação, sem aguardar pela con­de­nação.

Os cen­tristas pre­ten­diam ainda alargar o con­junto de crimes pre­vistos que fazem cessar a pres­tação, o que do ponto de vista do PCP é «exa­ge­rado», tal como é ina­cei­tável a pro­posta que veda a sua atri­buição a quem tenha sido antes alvo de uma qual­quer con­de­nação.

Jorge Ma­chado ver­berou ainda o facto de o CDS/​PP meter toda a gente no mesmo saco, ou seja, es­quecer que há 82 mil fa­mí­lias que re­cebem o ren­di­mento de in­serção porque o sa­lário não chega para so­bre­viver até ao fim do mês e que há 25 mil pen­si­o­nistas que o re­cebem porque a pensão também não chega para so­bre­viver.

«Se há si­tu­a­ções de fraude, com­batam-se; não tratem é todos como cri­mi­nosos», foi a ideia-chave dei­xada pelo de­pu­tado do PCP.



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