Francisco Lopes com desempregados em Barcelos

Esperança e confiança num País melhor

«Por­tugal não tem que ser assim, tem con­di­ções para ser de­sen­vol­vido», afirmou Fran­cisco Lopes na se­gunda-feira, num en­contro com tra­ba­lha­dores de­sem­pre­gados em Bar­celos.

O con­tacto di­recto é fun­da­mental para apro­ximar a can­di­da­tura do povo

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O can­di­dato à Pre­si­dência da Re­pú­blica, Fran­cisco Lopes, es­teve, no pas­sado dia 18, num en­contro com de­sem­pre­gados do dis­trito de Braga, na Bi­bli­o­teca Mu­ni­cipal de Bar­celos. Num au­di­tório cheio com cerca de cen­tena e meia de pes­soas, de­pois dos vá­rios de­poi­mentos, na pri­meira pessoa, sobre a si­tu­ação dos de­sem­pre­gados no dis­trito, Fran­cisco Lopes apelou a que os tra­ba­lha­dores se unam a uma só voz para dizer basta ao rumo das po­lí­ticas de di­reita, no­me­a­da­mente na Greve Geral de dia 24 de No­vembro, con­vo­cada pela CGTP-IN.

Os tes­te­mu­nhos dados pelos tra­ba­lha­dores de­sem­pre­gados no en­contro com o can­di­dato ilus­tram a re­a­li­dade do País, e mais es­pe­ci­fi­ca­mente da re­gião Norte: des­pe­di­mentos, sa­lá­rios em atraso, ile­ga­li­dade nos pro­cessos de in­sol­vência das em­presas, di­fi­cul­dade em ar­ranjar novo em­prego. Um dos exem­plos mais re­centes é o caso da FMAC, em Bar­celos, que des­pediu ile­gal­mente mais de cem tra­ba­lha­dores na al­tura de fé­rias. O tes­te­munho foi de Ana­bela Fel­gueiras, que tra­ba­lhou 23 anos para a em­presa.

Fran­cisco Lopes deixou uma pa­lavra de es­pe­rança ao au­di­tório, su­bli­nhando a im­por­tância do con­tacto di­recto com as po­pu­la­ções como forma de apro­ximar a can­di­da­tura à Pre­si­dência da Re­pú­blica aos pro­blemas reais do País. Foram muitas as crí­ticas ao mo­delo ca­pi­ta­lista e de ex­plo­ração, em nome da com­pe­ti­ti­vi­dade, da glo­ba­li­zação e do lucro por

parte do grande ca­pital.

 

Afirmar di­reitos

 

O di­reito à ma­ter­ni­dade me­receu também a atenção do can­di­dato do PCP, de­pois de ouvir o de­poi­mento de uma tra­ba­lha­dora do co­mércio des­pe­dida por estar grá­vida, à se­me­lhança de vá­rias co­legas. Fran­cisco Lopes la­mentou

que o pro­blema ul­tra­pas­sasse já o do­mínio dos casos iso­lados para se tornar num cri­tério para al­guns em­pre­ga­dores, que passam en­tre­tanto im­punes.

As crí­ticas do can­di­dato foram ainda di­ri­gidas ao facto de ser a mesma ori­en­tação po­lí­tica e as mesmas me­didas que em­purram o País para o de­sem­prego e a des­truição dos postos de tra­balho a tratar os de­sem­pre­gados como cri­mi­nosos,

es­tig­ma­ti­zando-os. Para Fran­cisco Lopes, a so­lução para estes pro­blemas não está nos cortes or­ça­men­tais pre­vistos, que acen­tuam as in­jus­tiças e de­si­gual­dades so­ciais. Passa sim pelo sub­sídio de de­sem­prego, pelo au­mento dos sa­lá­rios, pela cri­ação de em­prego com di­reitos e pelo au­mento da pro­dução na­ci­onal, de forma que o País passe a de­pender menos das im­por­ta­ções e possa acabar com os dé­fices.

Em re­lação ao papel do Pre­si­dente da Re­pú­blica, Fran­cisco Lopes expôs duas formas de agir: usar cri­té­rios de in­jus­tiça e con­fundir o País com os grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros, a banca e as es­pe­cu­la­ções; ou co­nhecer, com­pre­ender e sentir os pro­blemas e as­pi­ra­ções do povo por­tu­guês. O can­di­dato ga­rantiu que, tanto o PCP como a sua can­di­da­tura,

tudo farão para, cum­prindo a se­gunda pre­missa, mudar o rumo do País. «Por­tugal não tem que ser assim, tem con­di­ções para ser de­sen­vol­vido», acres­centou Fran­cisco Lopes, con­tra­ri­ando o ce­nário das ine­vi­ta­bi­li­dades do Go­verno, ter­mi­nando com um apelo: «Vamos cons­truir o País que de­se­jamos e de que pre­ci­samos!»



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Re­jei­tando ine­vi­ta­bi­li­dades, Fran­cisco Lopes apelou à mo­bi­li­zação po­pular e ao apoio à sua can­di­da­tura, lem­brando que os po­deres pre­si­den­ciais podem ser usados no sen­tido da mu­dança.

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