Jerónimo de Sousa sublinha diferença da candidatura de Francisco Lopes

Um genuíno projecto político de esquerda

No Co­mício do Campo Pe­queno, o se­cre­tário-geral do PCP frisou que «ne­nhum outro can­di­dato se apre­senta pe­rante os tra­ba­lha­dores e o povo com um ge­nuíno pro­jecto po­lí­tico de es­querda», e su­bli­nhou que «é pre­ciso que ne­nhum voto se perca».

«Ai deles quando o povo per­ceber que unido conta mais»

Qua­li­fi­cando como «im­pres­si­o­nante» a mol­dura hu­mana pre­sente na ini­ci­a­tiva, Je­ró­nimo de Sousa co­meçou para sa­li­entar que tal traduz «o êxito que cons­titui esta nossa can­di­da­tura, e o re­co­nhe­ci­mento da sua im­por­tância no com­bate pela rup­tura e pela mu­dança po­lí­tica tão im­pe­riosa e ne­ces­sária na so­ci­e­dade por­tu­guesa».

«Não seria a mesma coisa, não se­riam elei­ções em toda a sua di­mensão, se não fosse Fran­cisco Lopes, esta can­di­da­tura e o seu pro­jecto para Por­tugal», disse ar­gu­men­tando que «ne­nhum outro can­di­dato se apre­senta pe­rante os tra­ba­lha­dores e o povo com um ge­nuíno pro­jecto po­lí­tico de es­querda, capaz de en­frentar a gra­vi­dade da si­tu­ação a que o País chegou e lançar a pa­trió­tica ta­refa de co­locar Por­tugal no ca­minho do de­sen­vol­vi­mento, da jus­tiça e do pro­gresso so­cial».

Con­ti­nu­ando as­si­nalar dis­tin­ções entre a can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes e as de­mais, o di­ri­gente co­mu­nista acres­centou que a nossa «é a única que as­sume sem ro­deios e sem dis­si­mu­la­ções uma frontal opo­sição com a po­lí­tica de di­reita de Só­crates, Passos, Ca­vaco e com­pa­nhia, e que ja­mais meteu as mãos no ato­leiro da hi­po­crisia po­lí­tica rei­nante».

 

Ca­vaco não é so­lução

 

Sem perder o fô­lego, Je­ró­nimo de Sousa apontou em se­guida ba­te­rias a Ca­vaco Silva, in­di­cando-o como «o can­di­dato que se au­to­pro­clamou o grande cons­trutor do con­senso que apro­fundou as in­jus­tiças e agravou as con­di­ções de vida do povo», mas que, em tempo de caça ao voto, «vem fazer as per­guntas que nunca fez no mo­mento e no sítio certos, quando, en­quanto Pre­si­dente, as devia ter feito, exi­gido res­postas, e to­mado, então, as cor­res­pon­dentes me­didas».

«Vem agora pedir aos po­lí­ticos que falem ver­dade», con­ti­nuou o se­cre­tário-geral do PCP, «como se ele não fosse por ine­rência do cargo o mais res­pon­sável dos po­lí­ticos por­tu­gueses, e não fosse igual­mente um dos mais res­pon­sá­veis pelas de­ci­sões que con­du­ziram o País ao de­clínio».

«É ele que agora cap­ci­o­sa­mente in­ter­roga porque é que che­gámos a esta si­tu­ação; que pai­rando acima de uma re­a­li­dade que ajudou a criar, vem per­guntar porque é que não foram to­madas as me­didas certas, no tempo certo. Ou ainda – des­ca­ra­mento dos des­ca­ra­mentos –, ques­tiona a jus­tiça na im­po­sição dos sa­cri­fí­cios aos por­tu­gueses».

«É grande a des­fa­çatez! É grande o atre­vi­mento de quem sabe o mal que fez», con­si­derou Je­ró­nimo de Sousa.

«O can­di­dato não sabe como che­gámos aqui? Nós lem­bramos», pros­se­guiu.

«Ca­vaco chora lá­grimas de cro­co­dilo pelos atin­gidos, pelos po­bres, pelos tra­ba­lha­dores da ad­mi­nis­tração pú­blica. Como es­tamos na ca­pital do fado, ape­tece dizer que só falta a gui­tarra e a viola para cantar o fado da des­gra­ça­dinha», atirou. Mas a ver­dade é que ele «sabe bem como che­gámos até aqui. Sabe que o es­bulho dos por­tu­gueses que vivem do seu tra­balho contou não apenas com o seu si­lêncio mas com o seu aval, o aval da chan­cela das ine­vi­ta­bi­li­dades em nome da fraude da acalmia dos mer­cados».

Assim, para o se­cre­tário-geral do PCP, Ca­vaco Silva é «não apenas o Pre­si­dente da crise, mas o Pre­si­dente das falsas apa­rên­cias e da hi­po­crisia», por isso, não só «não é a so­lução dos pro­blemas do País, nem o ga­rante da de­fesa dos por­tu­gueses que vivem do seu tra­balho», como re­pre­senta um fu­turo de «con­ti­nu­ação do mesmo rumo de de­clínio na­ci­onal e apro­fun­da­mento da crise».

 

«Que ne­nhum voto se perca!»

 

Pe­rante uma pla­teia que foi su­bindo o tom do en­tu­si­asmo e re­for­çando a von­tade de co­lec­ti­va­mente levar a bom porto a can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes, o se­cre­tário-geral do Par­tido foi di­recto aos que mar­cando pre­sença na ini­ci­a­tiva do Campo Pe­queno, es­tarão du­rante a úl­tima se­mana de cam­panha nas ruas em mi­lhares de con­tactos com os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação.

«Não faltam por ai pro­pa­gan­distas, dis­far­çados de co­men­ta­dores isentos, a fazer crer que as elei­ções estão de­ci­didas. Que já há um ven­cedor an­te­ci­pado e na pri­meira volta. Querem com as suas cal­cu­listas e nada ino­centes pre­vi­sões de­sarmar os por­tu­gueses que lutam pela ver­da­deira mu­dança, por uma real al­ter­na­tiva. Querem fazer crer que o voto dos que não aceitam e se opõem a esta ver­go­nhosa po­lí­tica está con­de­nado ao fra­casso. Querem des­va­lo­rizar o pró­prio di­reito ao voto», alertou.

«Mas ai deles quando os mais de três mi­lhões de tra­ba­lha­dores que par­ti­ci­param na greve geral per­ce­berem a força que têm; ai deles se os dois mi­lhões de po­bres to­marem cons­ci­ência que pesam mais do que os dois mil muito ricos; ai deles se o mi­lhão e meio de re­for­mados, o mi­lhão e 200 mil pre­cá­rios, os mais de 700 mil de­sem­pre­gados e os micro, pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios per­ce­berem que têm mais força que os de­pu­tados do PS e do PSD que vo­taram fa­vo­ra­vel­mente este Or­ça­mento in­justo», afirmou.

«É por isso que afir­mamos que os votos em Fran­cisco Lopes, para além de so­marem para a der­rota de Ca­vaco Silva, são também votos ver­da­dei­ra­mente úteis contra a po­lí­tica do­mi­nante e, si­mul­ta­ne­a­mente, afirmam uma exi­gência de rup­tura e mu­dança com o rumo de di­reita», in­sistiu antes de des­tacar que «temos feito uma grande cam­panha» mas «ainda há muito tra­balho pela frente» e «é pre­ciso que ne­nhum voto se perca!».

«Ainda é hora de ir ao en­contro dos muitos mi­lhares de ho­mens e mu­lheres que no pas­sado vo­taram nas forças po­lí­ticas e nos can­di­datos que su­portam anos de go­ver­nação à di­reita, e dizer-lhes que chegou a hora de mudar e ul­tra­passar pre­con­ceitos; que a so­lução não é a abs­tenção, que não é hora para se ficar ca­lado ou de­sistir».



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