Extracção parada em Aljustrel

Re­clamar a re­toma da pro­dução e ex­tracção de mi­nério da mina de Al­jus­trel foi o pro­pó­sito da des­lo­cação a Lisboa, dia 20, de uma de­le­gação do Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores da In­dús­tria Mi­neira que reuniu com re­pre­sen­tantes do pri­meiro-mi­nistro em São Bento. À saída do en­contro, o di­ri­gente sin­dical, Ja­cinto Ana­cleto, sa­li­entou que desde que a mina foi con­ces­si­o­nada, em 2008, «ainda não saiu um grama de cobre» de Al­jus­trel.

A de­le­gação do STIM/​CGTP-IN também reuniu com os grupos par­la­men­tares do PCP, BE e PSD na As­sem­bleia da Re­pú­blica. Do Go­verno, os re­pre­sen­tantes sin­di­cais qui­seram saber quais os termos e as con­di­ções da con­cessão dada pelo Go­verno à I'M SGPS, de­ten­tora da con­ces­si­o­nária da mina, Al­mina; qual o des­tino dos 137 mi­lhões de euros en­tre­gues à Al­mina, na con­dição de re­tomar a pro­dução, e para quando serão cri­ados os postos de tra­balho pro­me­tidos para re­ac­tivar a ex­tracção na mina de Ga­vião. Os re­pre­sen­tantes sin­di­cais apenas ob­ti­veram a ga­rantia de que as suas pre­o­cu­pa­ções che­garão ao co­nhe­ci­mento do pri­meiro-mi­nistro.

O Grupo Par­la­mentar do PCP com­pro­meteu-se a levar o pro­blema à As­sem­bleia da Re­pú­blica.

A pro­pó­sito de uma no­tícia no Ex­presso, que terá re­ve­lado al­guma subs­tância do con­trato de con­cessão, o sin­di­cato la­mentou que dela es­tejam au­sentes os tra­ba­lha­dores e as suas con­di­ções de tra­balho, os baixos sa­lá­rios, me­didas de pre­venção de aci­dentes ou de do­enças pro­fis­si­o­nais, e os «graves pro­blemas de ven­ti­lação» exis­tentes no fundo da mina.

 



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