Comunistas da Carris em defesa dos direitos

Na primeira linha da luta

Na edição de Janeiro do seu boletim, O Carril, a célula do Partido na Carris chama a atenção dos trabalhadores da empresa para a ofensiva contra os seus salários e os direitos consagrados no Acordo de Empresa. Os comunistas alertam ainda para o facto de o roubo de que serão vítimas «não será executado de uma só vez, mas virá a “conta-gotas”».

Por isso, acrescentam, é urgente continuar a luta – ainda para mais numa empresa como a Carris, onde o presidente do Conselho de Administração «faz incluir no seu vencimento e no dos seus “pares” os mais de dois mil euros de subsídios mensais que recebiam sem entrar em descontos para a Segurança Social». Já para os trabalhadores, afirma o PCP, será imposta a redução dos seus «já escassos salários».

No mesmo boletim, a célula do Partido acusa a administração de tomar os trabalhadores por «parvos» ao afirmar que se bateu pela manutenção do valor do subsídio de refeição e a manutenção dos prémios de desempenho. Ora a realidade é bem diferente: se a proposta inicial do Governo de reduzir o subsídio de refeição não vai ser aplicada é por que a Assembleia da República aprovou uma alteração à proposta de Orçamento do Estado na véspera da greve geral. Uma alteração que abrange todos os trabalhadores do sector empresarial do Estado (e não só da Carris, como a administração afirmou!) e que a célula do Partido considera uma «primeira vitória da greve geral». Porém, os novos trabalhadores a entrar para os quadros das empresas do Estado receberão o valor inicialmente proposto...

O PCP acusa ainda a administração da empresa de só falar dos cortes nos salários acima de 1500 euros, «esquecendo-se de todos os outros cortes que serão igualmente aplicados. «Ou não é verdade que vão tentar reduzir – a todos os trabalhadores – o valor do preço hora para o trabalho nocturno e extraordinário?»

Os comunistas da Carris, garante a célula, «continuarão na linha da frente na luta contra esta política de direita e as benesses para os seus servidores». Luta que terá, na empresa, expressão no plenário geral com recolha de material, a realizar em todas as estações a 9 de Fevereiro entre as 10 e as 14 horas, onde serão decididas novas acções de protesto.



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