Em Gaia o fim-de-se­mana ficou mar­cado pelo início de uma «jor­nada de tra­balho mi­li­tante com o ob­jec­tivo de re­co­locar na rua» as es­tru­turas de pro­pa­ganda po­lí­tica do PCP su­ces­si­va­mente re­ti­radas pelos ser­viços da Câ­mara Mu­ni­cipal. As es­tru­turas em causa são pro­pri­e­dade do PCP e en­con­travam-se co­lo­cadas em di­versos lo­cais do con­celho há mais de três anos, sem vi­olar qual­quer lei, re­alça a Co­missão Con­ce­lhia de Gaia do Par­tido em co­mu­ni­cado de dia 26. Neste do­cu­mento, o PCP de­nuncia ainda a forma «an­ti­de­mo­crá­tica, abu­siva, des­res­pei­ta­dora e ilegal» como a au­tar­quia re­tirou a to­ta­li­dade destas es­tru­turas do con­celho, que ti­nham pro­pa­ganda iden­ti­fi­cada do PCP, e «al­guma até da­tada, anun­ci­ando a Festa do Avante!».

Na sequência da de­núncia e da luta mo­vidas pelos co­mu­nistas, os ser­viços ca­ma­rá­rios en­tre­garam na sede local do PCP 38 das 50 es­tru­turas re­ti­radas. Não ha­vendo, por­tanto, «qual­quer dú­vida em con­si­derar a Câ­mara Mu­ni­cipal res­pon­sável por ta­manho ataque à li­ber­dade de ex­pressão». As es­tru­turas que agora re­gres­saram às ruas de Gaia anun­ciam a re­a­li­zação, a 2, 3 e 4 de Se­tembro, da Festa do Avante! e dão corpo à cam­panha na­ci­onal do PCP Mais Fortes para Con­ti­nuar a Luta. Como há muito é claro – e a Co­missão Con­ce­lhia de Gaia ex­pressa no seu co­mu­ni­cado – o PCP «não se de­mite de in­formar, não se de­mite de es­cla­recer a po­pu­lação nem se de­mite de de­nun­ciar as más prá­ticas da Câ­mara Mu­ni­cipal, con­si­de­rando que as mesmas atentam contra os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e dos gai­enses».

E, re­alça, «não serão estes com­por­ta­mentos ar­ro­gantes e vi­o­la­dores da de­mo­cracia que im­pe­dirão o PCP de afirmar o seu pro­jecto de so­ci­e­dade e as suas ideias». Os 90 anos de his­tória do PCP aí estão a com­provar a sua «ca­pa­ci­dade de luta e re­sis­tência contra vá­rias ten­ta­tivas de si­len­ci­a­mento e cen­sura».