Dados da execução orçamental

Política recessiva agrava problemas

A redução da despesa no mês de Julho relativamente ao mês homólogo acumulado foi conseguida «à custa dos trabalhadores e das famílias», enquanto a quebra na evolução da receita é o resultado das «políticas recessivas» do anterior executivo do PS, assumidas e aprofundadas pelo actual Governo do PSD e do CDS.

A essa conclusão chega o Grupo Parlamentar do PCP a partir dos dados da execução orçamental disponibilizados pelo Governo na passada semana.

«A descida na despesa foi feita essencialmente à custa dos cortes nos salários, nas pensões e nos apoios sociais às famílias e aos desempregados», explicitou o deputado comunista Paulo Sá, num comentário à evolução das contas públicas.

Interpretando o abrandamento registado na receita – aumentou apenas 4,4 por cento, valor bastante abaixo dos 6,7 por cento previstos no Orçamento do Estado –

Para o deputado comunista eleito pelo círculo do Algarve, que falava aos jornalistas no Parlamento, estes dados da execução orçamental vêm comprovar aquilo que o PCP há muito afirma: «que não é com políticas recessivas que se atinge o equilíbrio das contas públicas mas sim com o crescimento económico, com o apoio à produção nacional, com o investimento público e com a valorização dos salários, das pensões e dos rendimentos das famílias».

 



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