Grave situação social em Gaia

Em Declaração Política, os eleitos da CDU na Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia alertaram, no dia 10 de Fevereiro, para a grave situação social do concelho, marcada pelo encerramento de grandes empresas e pelo despedimento de muitos milhares de trabalhadores.

«O aumento exponencial do desemprego é, de facto, o maior problema de Gaia», sublinharam os comunistas, informando que o número oficial de desempregados «é o mais elevado do País» (30 323, em Dezembro do ano passado), bem como o índice de desemprego (18,45 por cento) e o seu aumento em relação ao ano transacto.

A «responsabilidade maior» desta situação é da política dos sucessivos governos, do PS e do PSD/CDS, «agravadas com as imposições da troika que os três partidos subscreveram», acusaram os eleitos do PCP, que contestam, entre outras medidas, a «destruição do sector produtivo» e a «diminuição de salários e pensões, redutora do mercado interno, donde resultou o infindável cortejo de encerramentos e insolvências, voltada para a abertura sem limites à concorrência externa, sem cuidar dos interesses nacionais, a troco de financiamentos que se foram como a areia entre os dedos, voltada para a liberalização dos despedimentos e a maior exploração do trabalho».

Uma política sempre apoiada pela Câmara Municipal, que «alinhou neste trágico jogo de isenções e facilidades» às grandes empresas, com a promessa de criação de postos de trabalho». «Entrou mesmo num campo afim da especulação imobiliária, como aconteceu com a sobrevalorização artificial dos terrenos onde está hoje a Cerâmica de Valadares», recorda, na Declaração Política, a CDU, que não apoiou, na altura, «tal medida pelas dúvidas que lhe merecia». «Veja-se melhor hoje para que serviu e de que serviu, afinal, tão controversa decisão», salientaram os comunistas.

A Câmara Municipal não conseguiu ainda evitar o encerramento e a deslocalização de numerosas empresas, como a Molin, a Brax, a Ara, a Yasaki Saltano, entre muitas outras, e não interveio junto de empresas que efectuaram despedimentos massivos, como a Sundiauto ou a Panrico, que usam e abusam da precariedade, ou que têm salários em atraso, como, por exemplo, a Gaiahotel.



Mais artigos de: Nacional

Projecto de futuro

«Queremos um Portugal diferente, melhor e com esperança no futuro», afirmou, no dia 4 de Fevereiro, Manuel Begonha, o presidente da Associação Conquistas da Revolução (ACR), que na sessão realizada após a eleição dos novos corpos sociais prometeu combater, como o ideal do 25 de Abril exige, o conformismo e o desânimo.

Autarcas não serão os coveiros do Poder Local

Três movimentos nacionais contra a extinção de freguesias convocaram para o dia 24 de Março, em Lisboa, uma «grande manifestação», para a qual esperam contar com o apoio da Associação Nacional de Freguesias.

Austeridade cresce de dia para dia

O Conselho Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) esteve reunido, nos dias 10 e 11 de Fevereiro, em Setúbal, onde alertou para o falhanço das políticas desenvolvidas pela troika e pelo Governo português. Para ilustrar a situação, o PEV avançou com...

Em defesa do passe escolar

A JCP entregou, ontem, na Assembleia da República, uma petição recolhida nas escolas e nas universidades contra o fim dos passes 4/18 e sub/23. Este abaixo-assinado, iniciado a 1 de Fevereiro, surge no momento em que é reduzido o apoio nestes passes de 50 para 25 por cento, e em que é...

Inquilinos iniciam protestos

A Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL) convocou para hoje, dia 16, às 16 horas, frente à Assembleia da República, um protesto contra a proposta de lei que o Governo pretende impor para facilitar os despejos e aumentar o valor das rendas. No dia em que se inicia a...

O tempo de trabalho em debate

A Comissão para a Defesa da Liberdade e Democracia promove, na próxima quarta-Feira, dia 22, na Casa do Alentejo, às 18h30, um Colóquio e Debate subordinado ao tema «O Tempo de Trabalho e o Tempo dos Homens». Na iniciativa, promovida pela estrutura que, em 2007, avançou com...