Suicídios aumentam em Itália

Centenas de pessoas manifestaram-se, dia 18, à noite, na Praça do Panteão, em Roma, sob uma chuva incessante, para protestar em silêncio contra os suicídios causados pela crise económica.

Várias associações de empresários e artesãos da região de Roma, Latium, e os principais sindicatos italianos (CGIL, CUISL, UIL, UGL) juntaram-se à manifestação «silenciosa», lamentando «as vítimas da crise». Um ecrã gigante, instalado no meio da praça, mostrou imagens de empresários e trabalhadores que decidiram acabar com a sua vida desde o início da crise.

Só desde o início do ano, o número de suicídios atribuídos à crise eleva-se a 23, segundo o sindicato dos artesãos e pequenos empresários, CGIA. Em 2010, houve 192 artesãos e pequenos empresários que se suicidaram, bem como 144 empresários e profissionais liberais, segundo o relatório do instituto Eures intitulado «O suicídio em Itália em tempo de crise», divulgado na véspera pela imprensa transalpina.

O flagelo atinge sobretudo os desempregados, categoria que registou 362 suicídios em 2010, dos quais 272 tinham acabado de perder o emprego.



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