Sessões de esclarecimento sobre a fraude nas presidenciais de 1 de Julho foram realizadas, a semana passada, pelos apoiantes de Manuel Lopez Obrador em 173 localidades do país, incluindo 31 cidades capitais de Estado. Para além do debate com o povo, as iniciativas tiveram como objectivo recolher mais provas e testemunhos sobre a falsificação do sufrágio por parte do Partido Revolucionário Institucional (PRI) e do candidato vencedor, Enrique Peña Nieto.

Nieto é suspeito de ter triunfado graças à compra de votos (distribuição de dinheiro, cartões pré-pagos de uma conhecida cadeia de distribuição e de uma operadora móvel, doação de materiais de construção), à manipulação de sondagens e ao favorecimento por parte dos meios de comunicação social.

Até ao próximo dia 6 de Setembro, o Tribunal Eleitoral deverá pronunciar-se sobre as denúncias e as provas apresentadas por Obrador, mas seja qual for a decisão, a eleição de Nieto para a presidência é já vista pelos mexicanos como uma farsa.

Ainda na sexta-feira, 27 de Julho, sete mil pessoas manifestaram-se frente à sede da Televisa, acusando a emissora de favorecer escandalosamente o candidato do PRI.

No mesmo dia, Manuel Lopez Obrador acusou o governo de ocultar dados sobre a lavagem de dinheiro durante a campanha de Nieto.