Concessões de carvão na Índia

Comunistas apelam ao protesto

O Partido Comunista da Índia (Marxista) exige que se investiguem as alegadas fraudes multimilionárias envolvendo concessões de minas de carvão. O caso foi revelado no dia 17, quando um relatório apresentado ao parlamento desvendou que o governo da Aliança Progressista Unida (UPA) teria adjudicado por valores irrisórios e sem concursos públicos, a 25 grandes empresas, a exploração de 149 jazidas, provocando perdas ao erário público estimadas em 37 mil milhões de dólares.

O saque dos recursos naturais é o resultado dos esforços da UPA para privatizar a indústria do carvão, contornando a legislação em vigor depois de ter fracassado a sua alteração, afirma o PCI, que apela à mobilização popular para os protestos de rua, previstos para todo o país nos próximos dias 3, 4 e 5 de Setembro.

A maioria das licitações terá ocorrido entre 2004 e 2009, quando o actual primeiro-ministro, Manmohan Singh, tutelava o Ministério do Carvão. No parlamento exige-se a demissão de Singh, acusado de corrupção. O mais representado partido da oposição recusa retomar os trabalhos do hemiciclo até que o primeiro-ministro abandone o cargo.

Paralelamente, mais de um milhão de trabalhadores do sector bancário cumpriram, dias 22 e 23, uma greve contra a alteração à Lei dos Bancos. O executivo indiano pretende aumentar o peso dos privados no sector, dominado em 70 por cento pelas entidades públicas.



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