Espaço Central

A luta como resposta

Domingos Mealha

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Com a maior área co­berta con­tínua de toda a Quinta da Ata­laia, o Es­paço Cen­tral da Festa al­bergou, em di­ver­si­fi­cados meios de ex­pressão, o es­sen­cial da men­sagem po­lí­tica do PCP. Em três ex­po­si­ções, 14 de­bates te­má­ticos e inú­meros en­con­tros e con­versas com di­ri­gentes e eleitos co­mu­nistas, falou-se do mo­mento ac­tual e da res­pon­sa­bi­li­dade de quem a este ponto con­duziu o País; apontou-se exem­plos de re­sis­tência e con­quista; apelou-se ao alar­ga­mento da luta nas vá­rias frentes de in­ter­venção co­lec­tiva e pro­pi­ciou-se o acto de com­pro­misso de novos mi­li­tantes, re­for­çando assim as fi­leiras do Par­tido que vê con­fir­mados os seus alertas e per­siste em não se con­formar com as ine­vi­ta­bi­li­dades do­mi­nantes, de­fen­dendo e pra­ti­cando a luta como res­posta – seja no ime­diato, aos pro­blemas do povo e à crise ca­pi­ta­lista, seja na pers­pec­tiva de li­qui­dação de­fi­ni­tiva da ex­plo­ração e de cons­trução do so­ci­a­lismo.

Novas me­didas

A re­jeição do pacto de agressão e a luta por uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda foi o tema comum da ex­po­sição prin­cipal ali pa­tente e do de­bate de sá­bado, à tarde, no Fórum.

As de­ci­sões anun­ci­adas pelo pri­meiro-mi­nistro, na sexta-feira, vi­eram acres­centar ao tema ainda mais ac­tu­a­li­dade, co­meçou por ob­servar Jorge Cor­deiro, que di­rigiu a sessão. Este membro do Se­cre­ta­riado e da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral do Par­tido sa­li­entou que as duas troikas en­vol­vidas no pacto de agressão aos tra­ba­lha­dores e ao País não apon­taram as causas dos pro­blemas de que falam e de­fi­niram uma po­lí­tica que não os re­solve, apenas agrava. A co­mu­ni­cação de Passos Co­elho mantém a linha de brutal agra­va­mento das con­di­ções de vida do povo e as me­didas que anun­ciou pos­suem uma in­con­tor­nável marca de classe.

Ber­nar­dino So­ares, da Co­missão Po­lí­tica do Par­tido e líder do grupo par­la­mentar co­mu­nista, lem­brou que o «me­mo­rando de en­ten­di­mento» foi an­te­ce­dido, nos tempos mais re­centes, por ou­tros ins­tru­mentos da po­lí­tica de di­reita: os or­ça­mentos do Es­tado dos go­vernos do PS e de Só­crates, e os su­ces­sivos PEC, apro­vados com a anuência do PSD, evi­den­ci­ando uma con­so­nância entre o poder eco­nó­mico e os par­tidos que têm go­ver­nado nas úl­timas dé­cadas. O PSD e o CDS, chum­bando o PEC 4, qui­seram apro­veitar-se do des­cré­dito em que o go­verno do PS caíra, mas o es­sen­cial do que lá se apon­tava passou para o acordo dos três par­tidos com o FMI, o BCE e a UE, re­ve­lado a 5 de Maio de 2011. Não es­ta­ríamos me­lhor se ti­vesse sido apro­vado o PEC 4.

A res­posta da União Eu­ro­peia para a sua crise não pode ser com­pre­en­dida sem levar em con­si­de­ração os ob­jec­tivos ma­tri­ciais da in­te­gração, que também de­ter­mi­naram a en­trada de Por­tugal na CEE. João Fer­reira, de­pu­tado do PCP no Par­la­mento Eu­ropeu, re­cordou que a in­te­gração eu­ro­peia visa afirmar o ca­pi­ta­lismo como sis­tema do­mi­nante no con­ti­nente. O au­mento dos lu­cros dos grandes grupos e o cres­ci­mento do ex­ce­dente co­mer­cial alemão têm no re­verso a di­mi­nuição dos custos do tra­balho e o au­mento dos dé­fices de países como Por­tugal, Es­panha ou Grécia, mas também França. Com a re­toma da compra de dí­vida na­ci­onal no mer­cado se­cun­dário, o BCE pre­tende olear este me­ca­nismo de ex­torsão.

Agos­tinho Lopes, membro do Co­mité Cen­tral do Par­tido e res­pon­sável pela área das ques­tões eco­nó­micas, viu as novas me­didas do Go­verno como mais uma de­mons­tração do fa­lhanço total das op­ções antes to­madas, face aos ob­jec­tivos com que foram jus­ti­fi­cadas. Per­siste, como va­riável única, o sa­lário – que di­minui, por força da po­lí­tica de mão-de-obra ba­rata e através da re­dução da des­pesa so­cial do Es­tado, que corta a par­cela de ri­queza que assim re­gressa aos tra­ba­lha­dores. Alegar que tais me­didas visam res­ponder aos pro­blemas do de­sem­prego é uma fraude po­lí­tica, aca­dé­mica e eco­nó­mica.

Nas sete in­ter­ven­ções saídas da pla­teia, foram apon­tados Ca­vaco Silva e Vítor Cons­tâncio, entre ou­tros co­veiros que con­du­ziram o País ao ponto ac­tual. Foi pe­dida mais fir­meza e vi­va­ci­dade aos ca­ma­radas que par­ti­cipam em de­bates na te­le­visão. Foram cri­ti­cados os donos da im­prensa e al­guns jor­na­listas, que sabem estar a mentir; as elei­ções, em que já só contam dois mi­lhões de votos; o PS, como par­tido traidor. Foram ci­tados al­guns efeitos que vão ter as me­didas anun­ci­adas por Passos Co­elho e foi feito apelo à de­missão do Go­verno, sa­li­en­tando que há força para der­rotar estes po­lí­ticos que fazem o con­trário do que pro­metem.

Re­a­gindo às ques­tões sus­ci­tadas pelo pú­blico, Agos­tinho Lopes acen­tuou o sig­ni­fi­cado de re­tirar mais sete pontos per­cen­tuais nos sa­lá­rios dos tra­ba­lha­dores e ofe­recer menos 5,75 pontos nos des­contos das em­presas. Res­pon­sa­bi­lizou Ca­vaco, pela acção en­quanto pri­meiro-mi­nistro, mas também por agora, em Belém, apa­dri­nhar a po­lí­tica do Go­verno. E alertou para a ten­ta­tiva de res­pon­sa­bi­lizar o sis­tema po­lí­tico, como forma de ilibar as op­ções con­cretas e quem as tomou.

João Fer­reira evocou Lé­nine, para dizer que per­ceber de po­lí­tica é saber ver os in­te­resses de cada classe por trás de cada de­cisão, e citou A Ver­dade e a Men­tira na Re­vo­lução de Abril, de Álvaro Cu­nhal, para re­alçar a dis­pa­ri­dade entre afir­ma­ções e prá­tica de Mário So­ares quanto à in­te­gração de Por­tugal na CEE. As con­sequên­cias desta eram co­nhe­cidas, mas ser­viam in­te­resses de classe, pro­fun­da­mente con­tra­di­tó­rios com o in­te­resse na­ci­onal e do povo.

Am­pliar a frente

Não se pode es­perar que os pro­blemas se re­solvam apenas com a in­ter­venção dos de­pu­tados do PCP, disse Ber­nar­dino So­ares, fri­sando que a so­lução está nas mãos do povo. A par da maior vi­si­bi­li­dade que ad­mitiu ser ne­ces­sário dar à po­lí­tica al­ter­na­tiva que o PCP de­fende, é pre­ciso de­mons­trar que, mesmo no ac­tual quadro, po­diam ser to­madas ou­tras me­didas. Quanto à fre­quente afir­mação de que «são todos iguais», dis­tin­guiu a sua parte má, por não ex­cluir daqui o PCP, e o lado bom, pois re­flecte a per­cepção de que os que con­duzem a po­lí­tica – ins­tru­mentos do poder eco­nó­mico – não são di­fe­rentes no fun­da­mental.

Também Jorge Cor­deiro apontou a ne­ces­si­dade de não con­fundir os exe­cu­tantes da po­lí­tica com os man­dantes e be­ne­fi­ciá­rios. Sa­li­entou a luta como factor cru­cial, não apenas para re­sistir e manter de pé muito do que foi con­quis­tado, mas para al­te­ração da cor­re­lação de forças, por via do alar­ga­mento da frente so­cial. Este será o ele­mento de­ci­sivo para a ra­di­ca­li­zação da cons­ci­ência so­cial e da luta de massas, pois é muito maior o sig­ni­fi­cado de um corte de via férrea ser feito por mil pes­soas, do que apenas por uma.

Com ima­gens das lutas tra­vadas em 2011 e 2012, des­ta­cando-se o Ter­reiro do Povo entre inú­meras ac­ções do mo­vi­mento sin­dical uni­tário, foi feito na ex­po­sição po­lí­tica cen­tral o con­tra­ponto aos nú­meros, factos e per­so­na­gens do ano de­cor­rido sob o pacto de agressão. Muitos dos vi­si­tantes fo­to­gra­faram pai­néis mais ex­pres­sivos, como o que mos­trava para onde vai o di­nheiro re­ti­rado aos tra­ba­lha­dores e às suas fa­mí­lias.

A par das di­fi­cul­dades acres­cidas na vida do povo, de­vido à po­lí­tica pra­ti­cada para be­ne­fi­ciar uma ín­fima oli­gar­quia, a ex­po­sição deu grande re­levo às pro­postas e acção do PCP, às me­didas al­ter­na­tivas e à po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, na pers­pec­tiva da de­mo­cracia avan­çada e do so­ci­a­lismo, mos­trando ima­gens do XVIII Con­gresso do Par­tido, em 2008, para re­alçar a im­por­tância do XIX, de 30 de No­vembro a 2 de De­zembro, e apelar ao pros­se­gui­mento do es­forço com vista a au­mentar o nú­mero de mi­li­tantes e re­forçar a or­ga­ni­zação – para assim dar mais força à luta.




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