Espectáculos do Palco 25 de Abril

Quando a generosidade é «paga» com o esmero

Gustavo Carneiro

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Disse uma vez o ma­lo­grado Ber­nardo Sas­setti que nunca teve um pú­blico tão «bom» e «ge­nuíno» como o da Festa do Avante!. Como ele, que tantas vezes ali ac­tuou (ma­gis­tral­mente, aliás), ou­tros ar­tistas cer­ta­mente pen­sarão o mesmo: é que o pú­blico da Festa en­trega-se de forma ge­ne­rosa a cada es­pec­tá­culo – quer se trate de um nome so­nante e con­sa­grado como de um grupo ou ar­tista jovem e des­co­nhe­cido – con­tri­buindo para o tornar ines­que­cível. Para si pró­prio e para os mú­sicos, que em palco tudo fazem para re­tri­buir. Será este o se­gredo de tantos e tão me­mo­rá­veis es­pec­tá­culos?

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De­pois do mag­ní­fico Con­certo Pro­me­nade, que pre­en­cheu a noite de sexta-feira (ver pá­gina 25), o palco 25 de Abril re­a­briu ao início da tarde de sá­bado com os An X Tasy. Após duas ac­tu­a­ções, em anos an­te­ri­ores, no Palco Novos Va­lores, a banda al­garvia não acusou a pressão e, com um im­pres­si­o­nante à-von­tade, mar­telou o seu som pe­sado, in­ter­ca­lado com pa­la­vras de agra­de­ci­mento ao PCP, que «sempre se portou bem con­nosco» e de in­cen­tivo «à ca­ma­ra­dagem». No final, o vo­ca­lista ainda teve tempo de se lançar para o pú­blico e de ser por este re­ce­bido em braços.

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 Do hard core can­tado em in­glês passou-se para a mú­sica po­pular por­tu­guesa e para um dos seus má­ximos ex­po­entes nos dias de hoje: Se­bas­tião An­tunes e Qua­drilha. A um ritmo ace­le­rado, ao som do ca­va­quinho, do vi­o­lino, da gaita de foles e da gui­tarra, a banda fez es­quecer o forte calor que se fazia sentir e pôs toda a gente a dançar ao som de novas e an­tigas can­ções, como O Mar não é de nin­guém! ou Ai Ca­ramba.

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 A se­guir, o es­tilo voltou a mudar, agora para o pop dos Miúda, que agradou aos fãs da banda e des­pertou a cu­ri­o­si­dade a ou­tros que não co­nhe­ciam o tra­balho deste jovem grupo de Lisboa. A se­guir o palco foi dos Wray­gunn, que con­ta­gi­aram a as­sis­tência com a sua so­no­ri­dade bluesy e os riffs de gui­tarra de Paulo Fur­tado. Ani­mado e bem dis­posto, o grupo chegou mesmo a chamar ao palco de­zenas de pes­soas da as­sis­tência para com ele cantar uma das can­ções. No final, Paulo Fur­tado des­pediu-se de todos, pra­ti­ca­mente um a um, e o es­pec­tá­culo con­ti­nuou, para gáudio da nu­me­rosa e en­tu­siás­tica as­sis­tência. 

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 Os es­pa­nhóis Tri­quel foram os se­nhores que se se­guiram, pro­por­ci­o­nando um vi­brante con­certo de rock celta, como de­no­minam o seu pró­prio es­tilo mu­sical: uma base de mú­sica tra­di­ci­onal «celta» com­bi­nada com ins­tru­mentos elec­tri­fi­cados, ba­tidas rá­pidas e um ritmo alu­ci­nante. O re­sul­tado foi uma hora de pura ale­gria, pon­tuada aqui e ali por men­sa­gens de es­tí­mulo à luta e à re­flexão sobre o mundo em que vi­vemos.

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Já caía a noite na Ata­laia quando Sara Ta­vares subiu ao palco com a sua banda, num am­bi­ente per­feito para as quentes mú­sicas da can­tora luso-ca­bo­ver­diana. Num es­pec­tá­culo que foi um hino à mú­sica negra, em muitas das suas ex­pres­sões (das mornas ao hip-hop), Sara Ta­vares es­teve acom­pa­nhada por Nancy Vi­eira, Rão Kyao e Carlos Nobre, o Pacman dos Da We­asel.

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 Os Ci­ganos d'Ouro vol­taram à Festa para fazer o que me­lhor sabem: dar con­certos fan­tás­ticos e pôr mi­lhares de pes­soas a saltar e a dançar! Com a gui­tarra fla­menca em ritmo alu­ci­nante, apre­sen­taram can­ções do seu novo tra­balho, Fado Fla­menco, como a versão de Ban­do­leiro, de Ney Ma­to­grosso, e não es­que­ceram a sua in­ter­pre­tação da canção de­di­cada a Er­nesto Che Gue­vara, Hasta Si­empre.

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 Menos co­nhe­cido do pú­blico da Festa era Remo Ca­va­linni e a sua Blues Band, mas nem por isso dei­xaram de ac­tuar pe­rante um re­cinto trans­bor­dante, que re­agiu com en­tu­si­asmo sempre que o jovem mú­sico ul­tra­pas­sava os li­mites do pos­sível com a sua gui­tarra... Ma­gis­tral­mente acom­pa­nhado pela sua ex­ce­lente banda, com des­taque para o trom­pe­tista e para o sa­xo­fo­nista, Remo Ca­va­linni ter­minou a sua ac­tu­ação com uma muito sau­dada versão de Vo­odoo Child, de Jimmy Hen­drix.

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 A noite ia já alta quando Jorge Palma subiu ao palco para um dos mais aguar­dados con­certos do dia. Di­vi­dindo-se entre a gui­tarra e o piano, Jorge Palma co­meçou o es­pec­tá­culo com al­gumas can­ções novas e com clás­sicos como Frágil ou Dá-me Lume. Em Minha Se­nhora da So­lidão teve ao seu lado, na voz, Cris­tina Branco, en­quanto que Je­re­mias, o Fora da Lei foi in­ter­pre­tada em par­ceria com Tiago Bet­ten­court. A se­guir surgiu Tim, para cantar e o ori­ginal dos Xutos & Pon­tapés Circo de Feras. Todos juntos can­taram Es­trela do Mar, En­costa-te a Mim e A Gente vai Con­ti­nuar. Para sur­presa geral, o es­pec­tá­culo ter­minou em in­glês, com Like a Rol­ling Stone, de Bob Dylan.

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 A noite acabou com os Blasted Me­cha­nism e o seu ha­bi­tual apa­rato de más­caras e a sua so­no­ri­dade de di­fícil ca­ta­lo­gação: será rock ou será sim­ples­mente Blasted? A res­posta não é sim­ples mas também pouco in­te­ressa, pois esta é uma das mais con­sa­gradas (e sin­gu­lares) bandas na­ci­o­nais e isso ficou claro no palco 25 de Abril, tal a enegia que co­lo­caram no con­certo e a le­gião de fãs que os es­pe­rava e que os re­cebeu com um inequí­voco calor.

Do­mingo de sons va­ri­ados

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 No do­mingo, era ainda hora de al­moço quando os Linda Mar­tini co­me­çaram a sua ac­tu­ação. Mas nin­guém diria, vendo o con­si­de­rável nú­mero de pes­soas que en­chiam o re­cinto e can­tavam as can­ções da banda lis­boeta. A se­guir, vi­eram os Anti-Clockwise e o seu punk ex­plo­sivo, à imagem dos norte-ame­ri­canos Ra­mones que um dos mem­bros da banda evo­cava na ca­mi­sola que vestia. Im­pul­si­o­nados pelo es­quer­dino gui­tar­rista e pelo po­de­roso ba­te­rista, os Anti-Clockwise ter­mi­naram o es­pec­tá­culo com uma bem con­se­guida versão dos bri­tâ­nicos The Clash.  

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 Os dois es­pec­tá­culos se­guintes, sendo di­fe­rentes, ti­veram uma coisa em comum: o facto de com­bi­narem a mú­sica tra­di­ci­onal dos seus países (no caso, Es­cócia e Por­tugal) com so­no­ri­dades mais mo­dernas. Os Sho­o­gle­nifty mos­traram por que razão são con­si­de­rados um dos me­lhores grupos a ac­tuar ao vivo na Grã-Bre­tanha. Li­de­rados pelo vi­o­li­nista, ar­ran­caram uma ac­tu­ação vi­brante que li­te­ral­mente fez le­vantar pó na Ata­laia. Na mesma linha, os Diabo na Cruz não dei­xaram por mãos alheias o su­cesso que têm vindo a con­quistar nos úl­timos anos e não de­si­lu­diram nin­guém, mos­trando que gui­tarras eléc­tricas não ficam mal lado a lado com bombos e vi­olas bra­guesas, fa­zendo jus ao nome do seu se­gundo álbum Roque Po­pular.

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Os Peste & Sida ti­veram a di­fícil ta­refa de ac­tuar a se­guir ao grande co­mício de en­cer­ra­mento, mas fi­zeram-no sem qual­quer pro­blema e, de uma certa forma, con­ti­nu­ando-o. Está na tua mão, mudar a si­tu­ação foi – cer­ta­mente não por acaso – o pri­meiro re­frão en­toado pela banda, a que se se­guiu Cai no Real, Sol da Ca­pa­rica e Alerta Geral (Re­pressão Po­li­cial, Ter­ro­rismo Ofi­cial...). Sau­dando todos os que tra­ba­lham na Festa e os ar­tistas que, como eles pró­prios, «têm o pri­vi­légio» de ali ac­tuar, a banda in­ter­pretou a sua versão de A Morte Saiu à Rua, de José Afonso (de­di­cada a José Dias Co­elho, mi­li­tante co­mu­nista as­sas­si­nado pela PIDE em 1961), a que se se­guiram muitos ou­tros clás­sicos.

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 O gui­ne­ense Ba Cis­soko en­cantou com o seu do­mínio da kora e a sua so­no­ri­dade algo mis­te­riosa e ao mesmo tempo tão ca­ti­vante. Ora alegre ora me­lan­có­lico, Ba Cis­soko re­velou os sons de uma África des­co­nhe­cida em Por­tugal.

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 Para fe­char uma Festa em que a mú­sica por­tu­guesa tem lugar de des­taque nada me­lhor do que os Gai­teiros de Lisboa com e os seus bombos, as suas gaitas de foles e as suas vozes pro­fundas. A acom­panhá-los es­ti­veram Ana Ba­ca­lhau, vo­ca­lista dos De­o­linda, Zeca Me­deiros, o grupo alen­te­jano Adiafa e Sérgio Go­dinho, que não es­tava anun­ciado mas que acabou por apa­recer, dando o seu con­tri­buto a este me­mo­rável es­pec­tá­culo de en­cer­ra­mento.

É certo e sa­bido que a Festa do Avante! não é um fes­tival de mú­sica. Mas não é menos ver­dade que também é de mú­sica – muita e boa mú­sica – que se faz esta Festa. Me­lhor só para o ano!  



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