Sem descanso

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O Governo que não dá descanso aos trabalhadores e à generalidade dos portugueses – com sucessivos anúncios de medidas para retirar do povo riqueza que pretende entregar aos credores internacionais e ao grande capital nacional e multinacional – está a viver dias em que os protestos populares também não lhe dão descanso. Na sexta-feira, o primeiro-ministro teve que entrar por um acesso secundário, para evitar trabalhadores e outras pessoas que se concentraram junto à entrada principal da fábrica de chocolates Imperial, em Vila do Conde. Na noite anterior, Passos Coelho não quis ir às instalações da RTP e foi entrevistado na residência oficial, onde se concentraram dezenas de activistas e dirigentes da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública e de outros sectores, em protesto contra a «austeridade» e perguntando se «os roubados não são entrevistados». Ana Avoila, dirigente da CGTP-IN e coordenadora da Frente Comum, garantiu aqui que as iniciativas públicas do Governo vão passar a ser marcadas com acções de protesto dos trabalhadores.

Já na terça-feira, à noite, quando chegou à SIC para ser entrevistado, o ministro das Finanças foi recebido por um grupo de manifestantes. Um protesto do Sindicato dos Professores da Região Centro, marcado para quarta-feira, dia 12, na Benedita, foi anulado porque o ministro da Educação e Ciência desistiu de comparecer; mas o sindicato, da Frenprof e da CGTP-IN, confirmou que estaria esta segunda-feira em Gouveia, à espera do secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar.




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