União dos Sindicatos de Setúbal

Com luta é possível

Os trabalhadores do distrito de Setúbal não se têm resignado, perante a ofensiva dos governos e do capital, e conseguiram resultados que foram valorizados dia 21, no 9.º Congresso da União dos Sindicatos.

O desemprego no distrito quase duplicou

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A participação nas greves gerais e nas grandes manifestações realizadas desde 2010 e noutras lutas de âmbito mais alargado, foi decisiva para em parte travar aquela ofensiva e impedir o aumento do horário de trabalho em meia hora diária, a generalização dos «bancos» de horas e o trabalho gratuito nos dias de descanso. Com a luta e a reivindicação nas empresas e serviços, os trabalhadores deram combate à precariedade e exigiram vínculo efectivo para todo o posto de trabalho permanente.

Estes factos foram realçados por Luís Leitão, da Comissão Executiva da CGTP-IN e coordenador da Direcção da União dos Sindicatos de Setúbal, ao apresentar o Relatório de Actividades do mandato findo e o Programa de Acção para o quadriénio até 2006. Lembrando que a política de direita tem 36 anos e apontando o foco, agora, ao pacto de agressão e aos PEC que o antecederam, o dirigente destacou que o desemprego, no distrito, aumentou 72,8 por cento nos quatro anos decorridos desde o congresso anterior, a 26 de Setembro de 2008. O resultado de tal política está igualmente à vista na destruição do aparelho produtivo e na falta de investimento, na destruição e redução de serviços públicos, na asfixia financeira do poder local democrático e na tentativa de extinguir freguesias e municípios, despedindo os seus trabalhadores.

Na Resolução político-sindical, o congresso defende a necessidade de lutar por um novo modelo de desenvolvimento económico e social, a par de objectivos imediatos, no quadro da CGTP-IN, destacando-se a manifestação de dia 29, o dia nacional de luta (marcado para 1 de Outubro) e a «Marcha Contra o Desemprego».

Para garantir mais intervenção na base, a USS propõe-se sindicalizar 15 mil trabalhadores, eleger 600 delegados sindicais e 400 representantes para a Saúde e Segurança no Trabalho, até 2016.

O congresso decorreu no Cine-Teatro S. João, em Palmela, com a participação de 220 delegados e também do Secretário-geral da CGTP-IN, que interveio no final. A Direcção eleita no dia 21 tem 49 membros e o seu âmbito de discussão foi alargado a mais três sectores de actividade.




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