Uma década de políticas destrutivas
Em Lisboa, a política desportiva municipal, dirigida pelo PS, dá sequência à política dos mandatos antecedentes do PPD/PSD – CDS, num pesadelo que já dura há mais de uma década.
Progressiva restrição do serviço público municipal
«A actual política desportiva municipal do PS de António Costa/Manuel Brito não tem qualquer semelhança, antes se demarca, de forma flagrante, da prosseguida nos mandatos da coligação de esquerda que conduziu os destinos do município de 1989 até 2011», salienta, em nota de imprensa, a Direcção da Organização da Cidade de Lisboa do PCP, lembrando que acabaram os «“Jogos de Lisboa”, que movimentavam mais de 30 mil pessoas por ano, com actividade regular», a «iniciativa de “Desporto para Todos”, que se realizava num fim-de-semana em mais de 500 locais da cidade» e o «intercâmbio desportivo entre municípios de Portugal, de Espanha e de Franca, cuja realização, num só fim-de-semana, envolvia milhares de atletas destes três países».
No mesmo sentido da política de direita que vem agravando a situação do País, a progressiva restrição do serviço público municipal, neste caso, na dinamização desportiva da cidade, «é acompanhada da real destruição de equipamentos com o falso argumento da sua falência técnica e com a miragem de uma renovada prestação pela “iniciativa” privada».
Segundo os comunistas, estão nestas condições, e em adiantado estado de degradação, as piscinas do Campo Grande, a piscina do Areeiro e o Complexo Desportivo dos Olivais, encerrados nos mandatos do PPD/PSD – CDS, privando do serviço que era anteriormente prestado um elevado número de utentes, residentes nas zonas respectivas, há mais de uma década.
Gestão do PS
«Desde que o PS, com António Costa, assumiu a gestão do município, em 2007, os equipamentos encerrados assim se mantiveram, com os consequentes prejuízos para a população e, naturalmente, se agravou o seu estado de conservação», critica a Organização da Cidade de Lisboa, lembrando que no complexo desportivo dos Olivais existia, para além de vários equipamentos, «uma piscina coberta, paga com dinheiros da União Europeia, fundos que a Câmara teve de devolver por ter encerrado antes do período estabelecido».
Entretanto, já com o PS na Câmara, foi encerrada a piscina de Penha de França, ampliando o número de equipamentos inoperantes. «Embora, neste caso, se invoque a necessidade de realização de obras urgentes, o protelamento do encerramento, sem obras à vista e sem qualquer garantia de data de realização faz temer o pior», advertem os comunistas de Lisboa, que defendem «uma nova política municipal que assuma papel relevante na dinamização desportiva da população da cidade e que reabilite e rentabilize socialmente os equipamentos e recursos disponíveis».