PCP condena incúria do Governo
O mau tempo sentido nos últimos dias nos Açores causou diversas cheias e deslizamentos de terras, que danificaram habitações e obrigaram ao realojamento de várias famílias, nomeadamente nas ilhas do Pico e São Jorge.
«Estes estragos e prejuízos poderiam ter sido evitados se o Governo Regional não tivesse recusado discutir a proposta do PCP para a realização, no Verão passado, de uma acção especial de limpeza de ribeiras e o reforço dos meios das juntas de freguesia para a prevenção deste tipo de situações», refere, em nota à imprensa, Aníbal Pires, deputado do PCP, onde recorda que no Orçamento para 2012 o Governo Regional cortou 35 por cento das verbas atribuídas às juntas de freguesia para estas acções, «limitando a sua capacidade e permitindo a acumulação de situações de risco potencial».
«As condições meteorológicas excepcionais vividas no arquipélago durante os últimos dias demonstraram as insuficiências dos investimentos na prevenção e a necessidade urgente de, durante os meses de Verão, executar um conjunto amplo de acções de limpeza e protecção dos cursos de água, para evitar novas catástrofes», defende o comunista, que promete apresentar no Parlamento Regional, uma vez mais, uma proposta para que o Governo reforce os meios das juntas de freguesia para as acções de limpeza de ribeiras e prevenção de deslizamentos e elabore um Plano Integrado, abrangendo toda a Região, para prevenir situações de catástrofe».
Sacrificados na saúde
Num outro documento, a CDU em São Miguel pronunciou-se sobre a abertura de um serviço de «urgências não urgentes» (UNU) nas instalações do antigo SAU de Ponta Delgada.
«Dando razão à CDU, a vida veio provar, da pior maneira, que, ao encerrar o Serviço de Atendimento Urgente, o Governo Regional prejudicou os micaelenses», denunciam os eleitos do PCP, explicando que, «na ânsia de reduzir custos», o Governo Regional «levou, com o encerramento do SAU, a que milhares de cidadãos se vissem sacrificados na sua saúde, por terem perdido largas horas de espera nas urgências do Hospital».
Agora, a abertura do novo serviço UNU prova duas coisas: que «o SAU é necessário» e que «o desnorte do Governo Regional, em política de saúde, é cada vez maior». «O novo nome foi a forma que o Governo encontrou de recuar, sem dizer que recua», sublinham os comunistas.