Fábrica de fazer pobres
Na Câmara de Odivelas, os eleitos do PCP consideraram a proposta do Orçamento do Estado para 2013 como um «assalto fiscal inqualificável, como nunca antes ocorreu, e que, nada tendo de inevitável, é apenas a consequência de uma opção teimosa e cega de um Governo e de uma política que visam continuar a transferir fundos públicos para o grande capital, em particular para o capital financeiro, que quer continuar a entregar empresas públicas ao sector privado, nem que para isso tenha de destruir o País e a vida dos portugueses».
«O aumento brutal da carga fiscal num contexto de manutenção de um quadro recessivo da economia e aumento do desemprego, diminuição da actividade económica e diminuição de poder de compra, só pode agravar a situação já dramática e constituir-se como uma verdadeira fábrica de fazer pobres», alertaram, no dia 31, os eleitos do PCP, que estão contra o aumento da «receita fiscal à custa de quem trabalha».
«Os oito mil milhões enterrados no BPN davam para assegurar durante quatro anos a comparticipação de todos os medicamentos prescritos pelo Serviço Nacional de Saúde. Os seis mil milhões que o Governo deu à banca privada davam para comprar os quatro principais bancos e colocá-los ao serviço da economia nacional», exemplificaram os vereadores.
Preços proibitivos
No dia 17 de Outubro, a autarquia aprovou, com os votos contra dos vereadores da CDU, a tabela de preços do Pavilhão Multiusos de Odivelas, que não contempla qualquer desconto ou isenção para os agentes locais, sejam eles culturais, recreativos ou desportivos.
Segundo os comunistas, os valores pedidos são «completamente proibitivos para os clubes e associações do concelho». Para a utilização da «nave 2» – recinto secundário de dimensões mais reduzidas – e da «nave1» os agentes terão de pagar 75 e 150 euros, por hora, respectivamente. Se as instituições do concelho quiserem utilizar o espaço do auditório para uma assembleia, reunião ou acção, o custo é de 150 euros, por hora.