Tomar Partido
O Partido está a crescer. Pela sua forma digna de estar na política, pela luta intransigente que trava contra a exploração e o empobrecimento, pela coerência e valor das suas propostas e pelo projecto de democracia avançada e socialismo que defende para o País, são cada vez mais os que se decidem a tomar partido, a aderir ao PCP – nos últimos anos foram cerca de seis mil os que o fizeram. Esta é, aliás, a opção coerente para quem está preocupado com a situação do País e quer contribuir para a alterar, pois o colectivo partidário comunista é o instrumento privilegiado para concretizar essa transformação.
Mas deixemos falar os novos militantes, gente de diferentes idades e origens, com experiências de vida e de luta diversas, mas unidos na decisão corajosa e determinante de se terem tornado militantes do Partido Comunista Português.
Vânia Bule tem 25 anos e é de Pias, no concelho de Serpa. Já trabalhou em diversas empresas e está actualmente desempregada. Foi precisamente durante a passagem pela sua terra da Marcha contra o Desemprego, da CGTP-IN, que formalizou a sua adesão ao Partido. Desse momento fala-nos assim: «Para mim, ser comunista não é uma coisa nova. Já me sentia militante do Partido, já era comunista, mas não tinha ainda tido oportunidade de passar isso para o papel. Quando a oportunidade surgiu, inscrevi-me.»
Já as razões da adesão, explica-as desta forma: «O Partido Comunista Português é o único que defende realmente os trabalhadores e o povo e, dada a fase actual do País, temos que nos unir e lutar e foi também por isso que decidi agora inscrever-me no Partido.» Já inserida na organização – foi cooptada para a Comissão de Freguesia de Pias do Partido – Vânia tem expectativas generosas quanto à sua militância: «A minha grande expectativa é transmitir às pessoas da minha geração o que é o Partido. Acho que muitas delas não sabem, andam um bocado baralhadas. Espero conseguir trazer mais gente.»
Alexandre Carvalho também tem 25 anos e é operário fabril da indústria automóvel, embora esteja sem trabalho. Natural da Guarda, vive actualmente em Viseu. Sobre a sua adesão ao Partido, não tem dúvidas em afirmar que «foi uma decisão acertada, a melhor que tomei até agora». Quanto às razões para a ter tomado, adianta: «Tive uma forte influência familiar, sobretudo da minha mãe. Tenho tios que foram torturados pela PIDE e a minha mãe chegou a ser presa pela GNR por colar cartazes do Partido Comunista Português antes do 25 de Abril. Mas como era menor foi libertada. Lembro-me também, quando era criança, de ver nas paredes quadros do “Che” Guevara e do Álvaro Cunhal, que sempre me fascinaram.»
Mas houve algo mais, confessa Alexandre: «Quando cresci, fui-me apercebendo das coisas e compreendi que o único Partido que defende realmente os interesses dos jovens é o PCP. Tive algum receio a princípio, porque na altura vivia na Guarda, onde para muita gente ser comunista é como ser um “bicho papão”, mas foi a melhor decisão da minha vida». Igualmente membro da JCP, Alexandre Carvalho desempenha as suas tarefas no colectivo da Juventude Trabalhadora de Viseu.
Com 49 anos, o electricista Fernando Pais, do Montijo, é do Partido há quase um ano. Aderiu por vários motivos: «Pelo rumo que o Partido tem tido ao longo dos anos e por uma questão de patriotismo. É que ao contrário de outros, que andam ao sabor de ventos e marés, o PCP é um partido que tem tido um rumo certo, com ideias claras sobre o presente e o futuro do País. Portugal está a ser delapidado, vandalizado e não basta só votar no PCP, é necessário mais qualquer coisa. E decidi juntar-me ao Partido Comunista». Acrescentando ser preciso, hoje, muito patriotismo, o membro da Comissão Concelhia do Montijo e dirigente sindical esclarece que isso não significa «andar com uma bandeirinha na lapela, mas sim defender a nossa soberania, que está em perigo».
Relativamente ao que espera da sua militância comunista, não hesita: «O que eu espero é continuar a lutar para que os meus filhos tenham aquilo pelo que os meus pais lutaram. Espero que o nosso País seja um país próspero, sem miséria e sem crianças a passar fome e que tenhamos força e vontade para mudar isto.»
É desta consciência, desta generosidade e desta combatividade que é feito o PCP, desde a sua fundação. E assim continuará a ser.