Liberalização aumenta preços da electricidade

PCP exige tarifas reguladas

Para o PCP, o au­mento dos custos da energia eléc­trica, após a sua li­be­ra­li­zação e a con­se­quente ex­tinção das ta­rifas re­gu­ladas, como con­cluiu an­te­ontem a En­ti­dade Re­gu­la­dora dos Ser­viços Ener­gé­ticos (ERSE), «não tem nada de sur­pre­en­dente», tendo os co­mu­nistas aler­tado atem­pa­da­mente para o que ia su­ceder, quando tal de­cisão foi to­mada, num de­creto-lei apro­vado pelo Go­verno PS/​Só­crates e posto em prá­tica pelo Go­verno PSD/​CDS.

Em nota do Ga­bi­nete de Im­prensa, di­vul­gada no dia em que a ERSE apre­sentou o seu pri­meiro re­la­tório sobre o «mer­cado re­ta­lhista de elec­tri­ci­dade», o PCP re­cordou que o mesmo tinha acon­te­cido quando o Go­verno de Durão Bar­roso e Paulo Portas (PSD/​CDS) li­be­ra­lizou os com­bus­tí­veis, o que per­mitiu «preços es­pe­cu­la­tivos da ga­so­lina e do ga­sóleo» e a «du­pli­cação dos lu­cros da GALP e ou­tras ga­so­li­neiras».

«Não há mer­cado nem con­cor­rência que re­solvam o pro­blema de sec­tores mo­no­po­li­zados, onde uma ou duas em­presas têm um poder do­mi­nante e de­ter­mi­nante. Nem as coisas lá vão, como todos sa­bemos, com a in­ter­venção da Au­to­ri­dade da Con­cor­rência ou da ERSE, que se li­mitam a cons­tatar os preços de mo­no­pólio im­postos à eco­nomia na­ci­onal», con­testa o Par­tido.

No caso da elec­tri­ci­dade, a si­tu­ação agravou-se com o es­ta­be­le­ci­mento de «ta­rifas tran­si­tó­rias», para os con­su­mi­dores que querem e podem le­gal­mente ficar no mer­cado re­gu­lado até 31 de De­zembro de 2014. «De forma cri­mi­nosa, o Go­verno es­ta­be­leceu preços ele­vados para obrigar/​em­purrar os cli­entes do mer­cado re­gu­lado para o mer­cado li­be­ra­li­zado», fi­cando os utentes nas mãos da EDP, Iber­drola, En­desa e GALP, as quais «fi­zeram dessas ta­rifas a re­fe­rência para as suas ta­rifas no mer­cado dito li­be­ra­li­zado».

O PCP exige «ta­rifas re­gu­ladas e ade­quadas ao poder de compra dos por­tu­gueses» e afirma que «nin­guém terá dú­vidas de que tal é pos­sível, de­pois de em 2012 a EDP ter ob­tido, mais uma vez, lu­cros su­pe­ri­ores a mil mi­lhões de euros».



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Hoje, numa si­tu­ação par­ti­cu­lar­mente di­fícil para os tra­ba­lha­dores e para o povo, em que tantas e tão grandes ame­aças pairam sobre o nosso devir co­lec­tivo, é com a mesma ge­ne­ro­si­dade e em­penho que mi­lhares e mi­lhares de pes­soas se juntam ao Par­tido, prontos a dar o seu tempo, as suas ener­gias, a sua in­te­li­gência e as suas ca­pa­ci­dades ao Par­tido, ou seja, à causa da eman­ci­pação dos tra­ba­lha­dores. 

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