Sekurit em greve
Foto LUSA
Uma série de greves de quatro horas decorre, desde segunda-feira, até sábado à tarde, na Saint Gobain Sekurit Portugal. À cabeça dos objectivos desta luta, convocada pela Feviccom/CGTP-IN, está a rejeição do despedimento colectivo de 23 trabalhadores e a exigência de soluções alternativas, de modo a manter todos os postos de trabalho. No pré-aviso de greve constam igualmente a negociação de aumentos salariais para este ano, a reposição do pagamento do trabalho extra e em feriados segundo estipula o Acordo de Empresa e o cumprimento de outros direitos inscritos no AE.
No seguimento de um processo, contestado publicamente desde Julho do ano passado, que visava o despedimento de 45 pessoas e o encerramento de duas linhas de produção, a multinacional enviou cartas de despedimento a 23 trabalhadores, dispensando-os de comparecer ao serviço a partir de 22 de Março. As greves desta semana foram decididas em plenários, nos dias 29 e 30 de Abril. Foram já realizadas várias vigílias e deslocações a órgãos de poder, exigindo medidas para defender o emprego e evitar a deslocalização da produção de vidro automóvel.
No dia 8, durante uma acção de protesto frente à Presidência da República, Miguel Tiago defendeu que a AR tem a obrigação de pressionar o Governo, para que este intervenha. «Não pode, simplesmente, fazer o discurso da industrialização e da recuperação económica», protestou o deputado do PCP, citado pela agência Lusa.