«Intervenção urgente»
Uma delegação da CDU, constituída, entre outros, por Carlos Almeida e Carla Cruz, respectivamente primeiros candidatos à Câmara e Assembleia Municipal de Braga, visitou, no dia 1, o Bairro Social de Santa Tecla, de modo a inteirarem-se das condições em que vivem os seus moradores.
Segundo a Coligação, esta visita confirmou, do ponto de vista social, que naquele Bairro estão bem patentes as opções políticas dos sucessivos governos, que «em vez de promoverem a integração e a reinserção social, fomentam a exclusão social e a pobreza», e que «atentam contra a dignidade das pessoas». Da mesma forma, «as políticas municipais manifestam o absoluto descuido em matérias como a requalificação do parque habitacional, visivelmente deteriorado, bem como dos espaços exteriores, onde se acumula entulho de obras».
Para a CDU, o Bairro Social de Santa Clara necessita de uma «intervenção urgente, capaz de reabilitar o espaço, mas também de impulsionar a construção de equipamentos e a implementação de programas sociais que possibilitem a integração dos seus moradores».
Nesse sentido, lê-se numa nota de imprensa, «as condições precárias em que vivem muitos dos agregados familiares do bairro só serão ultrapassadas com uma profunda mudança de políticas sociais, em que as pessoas estejam no centro da actuação e em que sejam aplicadas medidas que promovam a integração social e a emancipação das pessoas para que se rompa com o ciclo da pobreza e da exclusão social».
Promover as tradições
No dia 28 de Maio, Carlos Almeida e Maria Emília Pinto, terceira na lista da CDU para a Câmara Municipal, visitaram, na Rua da Boavista, a oficina de José Gonçalves, um dos últimos violeiros de Braga. Os candidatos conversaram com o artesão, o que lhes permitiu conhecer as suas dificuldades e preocupações, assim como discutir soluções para o futuro da actividade.
Nesta visita foi possível perceber a evolução de uma actividade tradicional da cidade, partindo da memória de quem está naquele ofício desde os seus 12 anos de idade, altura em que se iniciou como ajudante do pai.
Braga, enquanto terra de violeiros, deixou definhar esta actividade tradicional, intimamente ligada à história da cidade, ao ponto de só resistirem dois artesãos, a par de duas fábricas. «Sem um outro rumo esta será mais uma actividade que se perderá, quer pela falta de aprendizes que conduzirá inevitavelmente ao desaparecimento, quer pela dificuldade em competir com fábricas e por localizações mais favoráveis», afirma a CDU, que defende a «promoção activa» e a «divulgação, por parte do posto de turismo de Braga, do trabalho e das oficinas destes artesãos».
Com os trabalhadores da TUB
Dando seguimento aos contactos que têm vindo a ser realizados, a CDU de Braga – representada por Carlos Almeida, Emília Pinto e Bárbara Barros, candidatos à Câmara Municipal – reuniu no dia 3 com a Comissão Sindical da Transportes Urbanos de Braga (TUB).
Segundo informou a Coligação, «da parte dos trabalhadores chegam-nos preocupações quanto à viabilidade da empresa municipal, sendo certo que, na opinião destes, a existência da TUB só faz sentido enquanto entidade cumpridora de um serviço público determinante para as populações e para o desenvolvimento do concelho».
À delegação da CDU, os trabalhadores criticaram aqueles que, demagogicamente, falam dos prejuízos e da falta de eficiência da empresa municipal, pois, acrescentaram, «não cabe à TUB atingir lucros, não é esse o seu propósito». Da mesma forma, culpabilizam o actual Governo pela situação constante de receio de que a empresa venha a ser extinta, lançando para o desemprego ou para a mobilidade mais de duas centenas de trabalhadores.
A CDU, que aproveitou para reafirmar a sua posição de defesa da TUB na esfera pública do município, assumiu junto dos trabalhadores o seu compromisso de tudo fazer para defender o serviço público de transportes colectivos, abrangente, com qualidade e segurança.
Carlos Almeida lançou ainda o desafio de «serem desenvolvidas políticas que contrariem a redução gradual de passageiros, desde logo através da redução de tarifas e de medidas de incentivo», fazendo dos transportes colectivos, novamente, «um meio de locomoção primordial dentro dos limites de todo o concelho». «A utilização alargada dos transportes colectivos traduz-se em ganhos significativos para a cidade, pela moderação do número de viaturas particulares em circulação, para o ambiente, pela diminuição da poluição, e para os cidadãos, pela redução de custos com a mobilidade», rematou, por seu lado, o candidato da CDU à presidência da Câmara de Braga.