Em Albufeira, a candidatura da CDU tem promovido diversas iniciativas de contacto com a população do concelho, dando a conhecer os seus candidatos e as suas principais propostas. A recepção popular tem sido calorosa. Nos próximos meses as acções vão prosseguir e intensificar-se.

A caminhada da Coligação neste concelho algarvio começou bem, com a apresentação dos primeiros candidatos aos órgãos municipais, no dia 19 de Maio, a contar com a presença de 80 pessoas e a intervenção política de Paulo Sá, deputado comunista eleito pelo Algarve. À presidência da Câmara Municipal, a CDU candidata a independente Suzel Martins Pimenta, de 59 anos. Natural de Albufeira, onde sempre viveu, é chefe dos serviços de Administração Escolar, foi dirigente sindical no Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores. À Assembleia Municipal, o primeiro candidato é José Cândido Reigado, de 72 anos. Electricista de profissão, é membro da Comissão Concelhia de Albufeira e do Executivo da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP.

Na sua intervenção, Suzel Pimenta, sublinhando a necessidade de demitir o Governo PSD/CDS e de uma mudança de política, valorizou o património autárquico da CDU, que distingue a coligação das outras forças políticas. Foi a coligação, salientou, que combateu a extinção de freguesias e que se bateu mais coerentemente contra as portagens na Via do Infante. A candidata teceu duras criticas à má gestão do executivo da Câmara Municipal, do PSD, em funções desde 2001, particularmente ao nível do saneamento – com repercussões nas praias – e denunciou vários casos de exploração e abuso laboral dos trabalhadores da região, nomeadamente na hotelaria. Paulo Sá, por seu lado, sublinhou a importância da intervenção da CDU nestas eleições autárquicas, como parte integrante da luta mais geral contra a política das troikas nacional e estrangeira.

A opção para Portimão

No dia 5 de Junho, a CDU apresentou os seus primeiros candidatos aos órgãos autárquicos do concelho de Portimão: Nelson Freitas e Damião Sequeira, respectivamente à Câmara e Assembleia municipais; e Vasco Trindade, Maria Rodrigues e Pedro Purificação às freguesias de Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande. O mandatário é Rui Sacramento.

Nelson Freiras considerou, na sua intervenção, que o actual modelo de gestão da Câmara Municipal «está esgotado» e defendeu, em oposição ao que se tem feito, a «defesa clara e inequívoca do interesse público e da promoção de uma política de desenvolvimento sustentada e integrada, na qual as iniciativas e os investimentos públicos e privados concorram para a criação de riqueza e o bem-estar da população». «Portimão está numa situação económica e financeira que se nos afigura de falência técnica, seja qual for o modelo contabilístico utilizado, fruto da política local do PS e da prática dos seus eleitos, quer na Câmara, quer na Assembleia Municipal», acusou o candidato da CDU, força política que ao longo dos últimos 37 anos «sempre criticou e votou contra este tipo de gestão, alertando que mais tarde ou mais cedo o município de Portimão entraria em situação de ruptura».

A coligação defende, em alternativa, a «participação organizada da população na tomada de decisões importantes para o município», a «valorização do papel das freguesias», a «reabilitação urbana da zona velha» da cidade e a «revitalização do tecido económico».

Vasco Cardoso, da Comissão Política do CC do PCP, também interveio na apresentação dos candidatos, salientando que a população de Portimão tem perante si «duas opções distintas»: de um lado o PS, «que há mais de três décadas governa o município, e que tem sido o executante local da política de direita que sucessivos governos têm imposto ao País, com as consequências que estão à vista»; e do outro, uma força que os trabalhadores e a população do concelho «bem conhecem e com a qual sabem poder contar, sejam quais forem as circunstâncias: a CDU».