Concerto N.º 5
Sinfonia N.º 1
Concerto Sinfónico
Integrado nas comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, o concerto sinfónico de sexta-feira na Festa do Avante! apresenta um conjunto de peças que se desejou ligadas à sua figura e obra. Para além daquelas expressões em que revelou uma relevante capacidade criativa – nomeadamente a pintura e a escrita – o interesse de Álvaro Cunhal por outras expressões – música, cinema, fotografia – deu também origem a uma reveladora intervenção crítica e de reflexão sobretudo, na sua obra A Arte,o Artista e a Sociedade (1996). As três obras que compõem o programa do concerto da Festa procuram encontrar coerência com traços fundamentais do pensamento de Álvaro Cunhal. Foi assim seleccionada uma peça de um importante compositor português injustamente pouco divulgado, João Domingos Bomtempo, expressão do constante e apaixonado empenho de Cunhal na defesa do património cultural português em todas as suas expressões – eruditas, populares, musicais, plásticas, literárias –, componente de um pensamento e de uma intervenção em que a defesa do patriotismo e dos interesses do País e do povo consituiram uma linha fulcral. Por outro lado, a paixão do autor de Até Amanhã, Camaradas pela obra de Ludwig van Beethoven era conhecida, não sendo seguramente surpreedente que esse particular apreço envolvesse não apenas a beleza da música como igualmente o comprometmento do compositor com a Liberdade, outro elemento condutor de uma vida de inquebrantável revolucionário que foi a de Álvaro Cunhal. A quem não seria seguramente indiferente, antes constituiria seguro motivo de orgulho, que fossem portugueses a orquestra – a Sinfonietta de Lisboa –, o maestro – Vasco Azevedo –, e o solista – Pedro Burmester – que no Palco 25 de Abril darão corpo a esta homenagem. Encerra o concerto um outro centenário, o da estreia de A Sagração da Primavera. A modernidade, o anseio e vigor criativo e inovador da obra de Stravinsky de muitas formas acompanham esse impulso que fez do século passado o início e o concretizar de muitas esperanças e vitórias. Foi polémica e atribulada a afirmação da Sagração, mais um exemplo que o futuro não nasce com simplicidade e sem dificuldades. Por isso continuamos e continuaremos fazer de cada dia mais um dia de criação de Primaveras.
Sagração da Primavera
Concerto N.º 5
Sinfonia N.º 1
Concerto Sinfónico
Integrado nas comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, o concerto sinfónico de sexta-feira na Festa do Avante! apresenta um conjunto de peças que se desejou ligadas à sua figura e obra. Para além daquelas expressões em que revelou uma relevante capacidade criativa – nomeadamente a pintura e a escrita – o interesse de Álvaro Cunhal por outras expressões – música, cinema, fotografia – deu também origem a uma reveladora intervenção crítica e de reflexão sobretudo, na sua obra A Arte,o Artista e a Sociedade (1996). As três obras que compõem o programa do concerto da Festa procuram encontrar coerência com traços fundamentais do pensamento de Álvaro Cunhal. Foi assim seleccionada uma peça de um importante compositor português injustamente pouco divulgado, João Domingos Bomtempo, expressão do constante e apaixonado empenho de Cunhal na defesa do património cultural português em todas as suas expressões – eruditas, populares, musicais, plásticas, literárias –, componente de um pensamento e de uma intervenção em que a defesa do patriotismo e dos interesses do País e do povo consituiram uma linha fulcral. Por outro lado, a paixão do autor de Até Amanhã, Camaradas pela obra de Ludwig van Beethoven era conhecida, não sendo seguramente surpreedente que esse particular apreço envolvesse não apenas a beleza da música como igualmente o comprometmento do compositor com a Liberdade, outro elemento condutor de uma vida de inquebrantável revolucionário que foi a de Álvaro Cunhal. A quem não seria seguramente indiferente, antes constituiria seguro motivo de orgulho, que fossem portugueses a orquestra – a Sinfonietta de Lisboa –, o maestro – Vasco Azevedo –, e o solista – Pedro Burmester – que no Palco 25 de Abril darão corpo a esta homenagem. Encerra o concerto um outro centenário, o da estreia de A Sagração da Primavera. A modernidade, o anseio e vigor criativo e inovador da obra de Stravinsky de muitas formas acompanham esse impulso que fez do século passado o início e o concretizar de muitas esperanças e vitórias. Foi polémica e atribulada a afirmação da Sagração, mais um exemplo que o futuro não nasce com simplicidade e sem dificuldades. Por isso continuamos e continuaremos fazer de cada dia mais um dia de criação de Primaveras.